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UFMG será um dos centros de teste para vacina contra o coronavírus


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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta quarta-feira (1) que foram definidos 12 centros responsáveis pelos testes de fase 3 – em humanos – da CoronaVac, vacina desenvolvida pela empresa farmacêutica chinesa Sinovac Biotechque e que está sendo preparada para combater o novo coronavírus. Um desses locais será o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Segundo o Instituto Butantan, que está coordenando as pesquisas, ao todo, nove mil voluntários deverão ser submetidos aos testes em Minas, São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná. Esse processo pode começar já na semana que vem.

Essa vacina é uma das mais promissoras do mundo porque utiliza tecnologia já conhecida e amplamente aplicada em outras vacinas. “Por isso, o Instituto Butantan avalia que sua incorporação ao sistema de saúde deva ocorrer mais facilmente. O laboratório com sede em Pequim já realizou testes do produto em cerca de mil voluntários na China, nas fases 1 e 2. Antes, o modelo experimental aplicado em macacos apresentou resultados expressivos em termos de resposta imune contra as proteínas do vírus”, informou.

Agora, na fase 3, a Sinovac fornecerá ao Butantan as doses da vacina para a realização de testes clínicos em voluntários no Brasil, com o objetivo de demonstrar sua eficácia e segurança. Ainda não é possível prever uma data para os resultados saírem.

Ainda de acordo com o instituto, caso a vacina seja aprovada, a Sinovac e o Butantan vão firmar acordo de transferência de tecnologia para produção em escala industrial tanto na China como no Brasil para fornecimento gratuito ao Sistema Único de Saúde (SUS). Os passos seguintes serão o registro do produto pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e fornecimento das doses para todo o país.

O governador paulista considera esses testes um importante passo para salvar vidas da doença em um futuro próximo. “Quero ressaltar que o acordo com a Sinovac prevê explicitamente a transferência de tecnologia para a produção em escala industrial da vacina contra o coronavírus em São Paulo pelo Butantan. E assegurar também que a vacina será distribuída gratuitamente pelo SUS em São Paulo e em todo o país. A capacidade de produção do Instituto Butantan é de 100 milhões de unidades da vacina”, disse.

De acordo com o diretor do Instituto Butantan e integrante do Centro de Contingência do coronavírus do Estado paulista, Dimas Tadeu Covas., esse processo vai ser iniciado em breve. “Esperamos começar também já na semana que vem. O Butantan realizará o desenvolvimento final da vacinação. Na minha expectativa, é uma das vacinas mais promissoras do mundo. Vamos sair já com um acordo, havendo registro, de disponibilização para o Brasil inicialmente de 60 milhões de doses fabricadas inicialmente na China”, explicou.

“A união da experiência do Butantan na produção de imunobiológicos aos esforços da Sinovac permitirá que logo o país tenha uma vacina efetiva e segura contra a Covid-19, protegendo as pessoas e salvando milhares de vidas”, afirmou.

Na cidade de São Paulo, os testes serão conduzidos pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Instituto de Infectologia Emílio Ribas e Hospital Israelita Albert Einstein. Também serão envolvidos no estado de São Paulo a Universidade Municipal de São Caetano do Sul, Hospital das Clínicas da Unicamp em Campinas, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e o Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.

Além da UFMG, as pesquisas serão realizadas na Universidade de Brasília (UnB), Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro, Hospital São Lucas da PUC do Rio Grande do Sul e Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná.

A reportagem de O TEMPO solicitou mais informações sobre a participação da UFMG no estudo sobre a vacina. De acordo com a assessoria de imprensa da instituição, ainda não foram definidos os detalhes sobre esse acordo.

Fonte: O tempo

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