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Uber registra prejuízo de 2,9 bilhões de dólares no primeiro trimestre


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A Uber divulgou nesta quinta-feira, 7, seu balanço trimestral. A empresa, que teve seu negócio de transporte por aplicativo severamente impactado pela pandemia do novo coronavírus, informou ter tido prejuízo de 2,9 bilhões de dólares, o valor mais alto dos últimos três trimestres. Antes de juros, impostos, depreciação e amortização, o prejuízo foi de 612 milhões de dólares.

Apesar disso, o faturamento da companhia cresceu 14%, impulsionado pelo negócio de delivery de comida Uber Eats. A receita total foi 3,54 bilhões de dólares. Em fevereiro, a empresa planejava ser lucrativa em uma base de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) até o fim deste ano, mas retirou a previsão, citando a incerteza gerada pela pandemia.

No período, a receita da área de transporte por aplicativo, responsável pela maior parte do faturamento da empresa, subiu 2% sobre um ano antes, mas caiu mais de 18% na comparação com o trimestre imediatamente anterior. Em conferência com investidores, o presidente Dara Khosrowshahi disse que há motivos para otimismo, pois o volume de corridas nos mercados afetados pelo coronavírus está aumentando gradativamente na últimas três semanas.

Outra fonte de esperança é o Uber Eats. O faturamento do braço de entrega de comida subiu mais de 11% na base trimestral e o número de pessoas e restaurantes cadastrados na plataforma também aumentou. Khosrowshahi disse que a empresa acredita que essas mudanças culturais podem ser duradouras. Na conferência, o executivo sugeriu que a empresa considera um novo serviço para permitir que empresas enviem pacotes por meio da plataforma da Uber.

Antes da divulgação dos resultados, na última quarta-feira, 6, a companhia anunciou um corte de 3.700 postos de trabalho (14% do quadro de funcionários) e o presidente disse que renunciaria ao seu salário-base de cerca de 1 milhão de dólares até o final de 2020.

Nesta quinta, em contraste com as medidas de redução do dia anterior, a empresa anunciou que estava liderando um aporte de 170 milhões de dólares na startup de patinetes elétricas Lime, que vai assumir esse segmento dentro da Uber.

Unicórnios sofrem com a crise

Nesta semana, a americana Lyft, concorrente da Uber, reportou um crescimento de 23% na receita do primeiro trimestre de 2020 em relação ao mesmo período no ano passado, passando de 829,6 milhões para 955 milhões de dólares. Apesar do resultado positivo, a empresa também demitiu. Quase 1.000 postos foram cortados, o que representa 17% do quadro de colaboradores da Lyft.

No setor de hospedagem, o Airbnb passa por dificuldades parecidas. Com as viagens reduzidas ao extremo, a companhia americana teve de demitir 1.900 pessoas, cerca de 25% de seus funcionários, devido ao que chamou de “a crise mais angustiante desta época.” A startup americana de viagens TripActions, avaliada em 4 bilhões de dólares, também foi afetada pela quarentena e informou que terá de demitir 296 pessoas, cerca de 30% dos funcionários.

No mercado de redes sociais, o aplicativo Pinterest reportou crescimento de 35% no faturamento no primeiro trimestre de 2020, indo de 201,9 milhões para 272 milhões de dólares na comparação anual. O número de usuários da companhia atingiu 367 milhões globalmente, um aumento de 26%. No entanto, o prejuízo da startup deu um salto e cresceu 241%, chegando a 141 milhões de dólares. O motivo é que a crise do coronavírus desacelerou o mercado publicitário, e os anúncios são o principal negócio do Pinterest.

 

Fonte: Exame

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