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“Toda vez que a OpenAI divulga a receita, as pessoas ficam espantadas”, afirma investidor


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SUNNYVALE (Estados Unidos) – Investidor de primeira hora da OpenAI, Samir Kaul, cofundador e gerente-geral da Khosla Ventures, fundo de venture capital para startups em estágios iniciais, está feliz com os resultados da OpenAI, a startup que impulsionou  a corrida por IA generativa, com o anúncio do ChatGPT em novembro de 2022.

“Eu não posso falar publicamente sobre os números, mas toda vez que eles anunciam qual é a receita em execução, as pessoas ficam espantadas. E acho que estão competitivos. Com mais e mais anúncios, isso ficará muito claro”, afirmou  Kaul, em painel no Brazil at Silicon Valley.

Com um patrimônio sob gestão superior a US$ 7 bilhões, a gestora, criada em 2004, tem estruturado a sua tese de investimentos em temas como IA, clima, sustentabilidade, tecnologia financeira, saúde digital e diagnósticos. No portfólio, startups como Stripe, HeadSpace e GitLab. 

Por que a Khosla investiu na OpenAI

A entrada Khosla Ventures, fundada pelo conhecido investidor Vinod Khosla, na OpenAI, se deu nos primórdios da startup, com um cheque de US$ 50 milhões em 2019. Desde o início da operação, a empresa levantou mais de US$ 14 bilhões e atualmente é avaliada em mais de US$ 80 bilhões.

A escolha foi baseada na trajetória empreendedora de Sam Altman, a cabeça por trás da operação. O executivo fundou a sua primeira startup aos 19 anos, a Loopt, uma rede social baseada em geolocalização vendida para a Green Dot Corporation em 2012 por US$ 43 milhões.

Neste mesmo período do exit, começou a atuar na YCombinator – o fundo de startups em estágios iniciais mais conhecido do mundo – e chegou a presidir a organização. Quando Altman apresentou a tese da OpenAI, a Khosla não sabia o que sairia dali, mas estava convencida de que poderia confiar no jovem empreendedor.

“Eu gostaria de poder dizer que fizemos uma análise detalhada de por que a OpenAI seria a grande vencedora, mas isso simplesmente não era algo que pudéssemos fazer nos estágios iniciais. Nós acreditávamos na IA. Conhecíamos o Sam desde a primeira empresa e o considerávamos como um empreendedor único em uma geração”, afirma Kaul.  

Segundo o investidor, a crença em Altman era tamanha que mesmo que o fundador dissesse que a ‘grande ideia’ era vender frutas à beira da estrada, a Khosla teria corrido para liberar um cheque. Não foi o caso.

“Aconteceu simplesmente que o que ele estava fazendo coincidia com algo pelo qual éramos apaixonados. Foi realmente tão simples assim”, diz. 

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Garantia de sucesso?

Quem olha pelo retrovisor pode considerar que o cenário já estava desenhado, afinal inteligência e artificial são duas palavras que se conectaram faz algum tempo – quase 90 anos, na origem histórica. O gestor faz questão de deixar claro que não é bem assim. A chegada da terceira palavra , a “generativa”, não era um óbvio ululante. 

“Não há como prever a adoção de um canal como o ChatGPT de uma maneira que o torne o uso mais rápido do que qualquer outro”, afirma. Em apenas 60 dias, o ChatGPT atingiu uma base de 100 milhões de usuários pelo mundo e gerou uma corrida pela adoção da nova tecnologia nos mais diferentes setores da economia. 

*O jornalista viajou a convite da organização do Brazil at Silicon Valley

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Fonte: Exame

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