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Suzano tem prejuízo de R$13,4 bilhões no 1º tri e reduz investimento


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A Suzano teve prejuízo líquido de 13,4 bilhões de reais no primeiro trimestre, afetada pelo forte impacto da desvalorização do real contra o dólar na dívida em moeda estrangeira do grupo, informou a maior produtora de celulose de eucalipto do mundo nesta quinta-feira.

A linha de variação cambial da Suzano foi negativa em 12,4 bilhões de reais em meio à valorização de 29% do dólar ante o real do período. A companhia frisou que o impacto sobre o resultado terá “efeito caixa somente nos respectivos vencimentos” da dívida de empresa.

Além disso, a empresa apurou resultado de operações com derivativos negativo de cerca de 9 bilhões de reais, também afetado pelo câmbio.

O efeito das duas linhas acabou por minimizar o crescimento de 10% no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado, que somou 3,03 bilhões de reais. Analistas, em média, esperavam Ebitda de 2,45 bilhões para a Suzano, segundo dados da Refinitiv.

A Suzano também anunciou nesta quinta-feira leve redução na projeção de investimento em 2020, que passou de 4,4 bilhões de reais, para 4,2 bilhões. O corte ocorreu diante de uma menor previsão de gastos em manutenção, “devido a ações na gestão de pagamentos de projetos e postergações de paradas programadas de manutenção”.

No primeiro trimestre, a Suzano elevou suas vendas de celulose em 65% na comparação com o mesmo período do ano passado, para um recorde para o período de 2,86 milhões de toneladas.

O custo caixa de produção de celulose, excluindo o efeito de paradas programadas, teve nova queda, ficando em 596 reais por tonelada, baixa de 6% ante dezembro e recuo de 11% sobre o primeiro trimestre do ano passado.

A receita líquida avançou 22%, para 6,98 bilhões de reais, crescendo menos que as vendas em volume em meio à queda de 34% do preço da celulose em relação ao primeiro trimestre do ano passado.

Segundo o balanço, no primeiro trimestre, os estoques de celulose da empresa caíram em 500 mil toneladas.

A companhia terminou março com um salto na alavancagem, que passou a 6 vezes quando medida em reais, ante 3,4 vezes no mesmo período de 2019. Em dólares, a relação dívida líquida sobre Ebitda ajustado subiu de 3,3 para 4,8 vezes.

Fonte: Exame

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