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Prefeitura do Rio cria protocolos para volta às aulas; veja o que muda


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A Prefeitura do Rio criou dois protocolos com orientações a serem seguidas no retorno às aulas presenciais, a princípio, nas escolas privadas. Os documentos, aos quais O GLOBO teve acesso com exclusividade, trazem regras que deverão ser seguidas pelas redes públicas e privadas.

Um protocolo é destinado às creches e escolas de educação infantil, o outro é voltado aos segmentos de ensino fundamental 1 e 2 e ensino médio.

Os protocolos trazem regras sobre limpeza e desinfecção das instalações, dimensionamento dos ambientes, cuidados durante as atividades esportivas e medidas para a entrada e saída de alunos, além de regras detalhadas sobre manejo de alimentos.

Para todos os segmentos, a prefeitura recomenda o retorno gradual às aulas presenciais sendo mantidas as atividades remotas. Também é recomendada a higienização constante das carteiras e mesas e o escalonamento dos horários de entrada e saída dos alunos.

Está previsto, ainda, que alunos, professores e funcionários troquem de máscara a cada três horas ou sempre que ficarem sujas ou úmidas.

Sobre as salas de aula, os protocolos orientam que os ambientes sejam redimensionados, de forma a se respeitar o distanciamento social mínimo de dois metros quadrados por pessoa em todas as atividades presenciais.

Os protocolos criam regras referentes à alimentação nas escolas que vão desde o transporte dos alimentos até a hora de os alunos se servirem. Há detalhes como o modo de disponibilizar os temperos, que deverão ser oferecidos em sachês individuais ou, quando for possível, em porções individualizadas e identificadas.

Os talheres, pratos e copos deverão ser higienizados com água quente e detergente. Os talheres deverão ainda ser embalados individualmente.

No caso das creches, há recomendações para que cada criança possua mais de uma muda de roupas para troca, sempre que necessário. Nos horários de descanso das crianças, é recomendado que os berços e colchonetes seja mantidos afastados, obedecendo ao distanciamento de precaução.

De acordo com o protocolo, as crianças poderão ser posicionadas de forma alternada, invertendo o direcionamento de pés e cabeça.

Já nas trocas de fraldas, o protocolo orienta que seja observada a “adequada higienização da superfície dos trocadores, realizando a limpeza concorrente com álcool a 70% após cada utilização, bem como o descarte correto das fraldas e outros materiais usados”.

As medidas foram elogiadas pelo presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do estado do Rio de Janeiro (SINEPE/RJ), José Carlos Portugal.

— Os protocolos são bons. Zelam pela vida, mantêm a segurança dos alunos e dos professores, e permitem amenizar os danos irremediáveis que a quebra das relações sócio-afetiva-cognitivas estão trazendo a centenas de milhares de crianças e jovens — afirma Portugal.

Para o professor e diretor de planejamento do colégio pH, um dos pontos mais importantes do protocolo é o que prevê a manutenção das atividades remotas a alunos e professores que se enquadrem nos grupos de risco da Covid-19.

— Temos alunos e professores que estão no grupo de risco. Antes, não havia nenhuma autorização para que continuássemos a transmitir as aulas virtualmente. Agora, a gente consegue se organizar para preparar uma aula que aconteça presencialmente para os que estiverem em sala e continuar oferecendo as aulas virtuais para os que vão permanecer em casa. Também vai permitir que professores que se enquadrem no grupo de risco continuem dando aulas de suas casas — afirma Delorme.

A Prefeitura do Rio confirmou que os protocolos foram elaborados, mas ainda não foram divulgados.

Veja a lista de orientações

Além das chamadas regras de ouro da prefeitura, as unidades são orientadas a seguir os seguintes direcionamentos:

Orientações gerais

  • Permitir o retorno gradual às aulas presenciais, mantendo atividades remotas de forma a controlar o número de alunos no ambiente escolar.
  • Manter as atividades remotas para os alunos e professores que se enquadrem nos grupos de risco da COVID-19 e para os alunos/responsáveis que não se sintam seguros em retornar às aulas presenciais.
  • Evitar atividades educacionais presenciais em espaços pequenos, utilizando sempre que possível, locais abertos.
  • Restringir o uso de objetos que possam ser compartilhados pelos alunos (brinquedos, materiais educativos, materiais de artes, livros, colchonetes e outros).
  • Desenvolver atividades que possam ser realizadas por meio digital (sessões de vídeo, livros digitais, dentre outros).
  • Incentivar a lavagem das mãos de alunos, professores e colaboradores logo ao ingressar no ambiente escolar.
  • Disponibilizar dispensadores de álcool gel 70% em todos os espaços físicos do estabelecimento educacional, especialmente em salas de aula, banheiros, refeitório e cantina. Deve-se observar a altura adequada (1,30 a 1,40m) no momento da instalação para evitar acidentes com crianças (observar Notas Técnicas 11 e 12/2020 da ANVISA).
  • Os bebedouros de uso direto não são recomendados. Devem ser disponibilizados copos descartáveis.

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Fonte: Exame

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