Flexibilização do isolamento começa no Rio; lojas de carros, móveis, igrejas e orla estão na 1ª fase

A flexibilização das medidas de isolamento na cidade do Rio de Janeiro já começou. O anúncio foi feito pelo prefeito Marcelo Crivella durante uma coletiva de imprensa, nesta segunda-feira.

De acordo com ele, a reabertura das atividades na cidade será dividida em seis fases, que devem ocorrer de forma lenta, gradual e com foco para evitar a propagação do coronavírus. Cada fase deverá durar 15 dias.

As fases do processo serão acompanhadas por um Comitê Permanente de Gestão e Execução do Plano de Retorno. Entre os pontos que poderão mudar o planejamento, estão o percentual de lotação dos leitos de UTI e de enfermaria, número de internações, óbitos e novos casos de coronavírus.

Na fase atual, o comércio de rua ainda não poderá abrir as portas, porém lojas de automóveis, móveis e decoração já podem voltar a funcionar. 

A partir de terça, estão permitidos o funcionamento de templos religiosos e de algumas atividades nas praias.Porém, o superintendente de Educação, Inovação e Projetos da Vigilância Sanitária do município, Flávio Graça,  adverte que todos os locais deverão respeitar protocolos especiais.

Na próxima fase, prevista para entrar em vigor no próximo dia 17, será permitido o funcionamento, com restrições, de shoppings.

Se tudo ocorrer como esperado, salões de beleza, pontos turísticos, eventos culturais e o comércio voltam a funcionar no mês que vem com capacidade reduzida e respeitando o distanciamento social.

Com relação ao reinício das aulas, o prefeito declarou que espera normalizar as atividades escolares no próximo semestre, desde que seguindo todas as medidas de prevenção.

A divisão do plano de flexibilização em seis fases foi adotada de forma unânime pelos mais de 50 técnicos do Conselho Científico que acompanha a evolução da pandemia de Covid-19 no Rio. Crivella explicou que um dos argumentos para implantação imediata do plano é que o número de mortes por outras doenças aumentou com o isolamento.

Os setores econômicos que não seguirem os critérios e as regras de convívio para a reabertura serão multados pela Vigilância Sanitária e órgãos de fiscalização da Prefeitura e podem ter o alvará de funcionamento cassado.