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Daniella Marques promete apurar obras da Caixa na mansão de Guimarães


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A presidente da Caixa Econômica Daniella Marques prometeu, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (5), investigar eventual ilegalidade nas obras bancadas pela estatal na mansão do ex-presidente Pedro Guimarães, que se demitiu há uma semana após ter sido denunciado por funcionárias por assédio sexual e moral. 

A princípio, Marques sustentou a versão da defesa de Guimarães e da Caixa de que as obras foram feitas por motivo de segurança, sob a justificativa de que o ex-presidente do banco sofria ameaças. 

“O que eu tenho conhecimento é que o ex-presidente sofria ameaças e por isso teve uma estrutura de segurança muito robusta ligada a ele, à gestão dele e família dele. Tinha uma série de medidas que foram tomadas em relação à segurança”, afirmou Marques.

“Não é do meu conhecimento que tenha havido nenhuma ilegalidade, mas eventualmente, se tiver, obviamente, não só eu como a equipe inteira da Caixa estamos comprometidos em apurar, fortalecer controles internos e eventualmente punir se for necessário”, acresentou.

A presidente tomou posse nesta terça-feira na sede da Caixa Cultural, em Brasília. A cerimônia foi fechada para a imprensa e não teve transmissão oficial. Estavam presentes ministros, entre eles Paulo Guedes (Economia), que é mais próximo a Marques, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). 

Após a cerimônia, na coletiva de imprensa, a presidente foi questionada sobre a postura de Bolsonaro, que não comentou as denúncias envolvendo Guimarães, nem se solidarizou com as vítimas.

“O presidente Bolsonaro tomou as atitudes necessárias para proteger a imagem da Caixa, afastou envolvidos. A gente tem que garantir um ambiente seguro para quem está depondo em testemunho mas a gente também tem que garantir independência nas apurações porque ninguém tem interesse em perseguir nem proteger ninguém”, respondeu Marques.

Em outro momento, ela também contou como recebeu o convite de Bolsonaro para assumir o cargo que era de Guimarães, isso na noite da terça-feira (28) em que as denúncias foram divulgadas pelo site Metrópoles.

“Eu recebi uma ligação do gabinete da Presidência, diretamente do presidente, na terça à noite para que eu fosse lá na quarta-feira de manhã. Tive uma conversa só eu e ele, como ele falou, tem um quartinho lá que ele conversa com os ministros. Ele me fez o convite ainda na quarta-feira de manhã e a gente estava conduzindo o processo todo, a liturgia que requer o processo de substituição de presidente de estatal”, contou Marques.

Entenda o caso das obras bancadas pela Caixa na mansão de Guimarães

A Caixa Econômica Federal bancou as obras da mansão em que o agora ex-presidente da instituição, Pedro Guimarães, mora na capital federal. A reforma teria custado R$ 50 mil e foi realizada em julho de 2020 na residência locallizada no Lago Sul, região nobre de Brasília. As revelações são do jornal Folha de S.Paulo e foram confirmadas pelo banco e pela defesa de Pedro Guimarães, que deixou o cargo de presidente da Caixa na última semana após surgirem denúncias de assédio sexual e moral feitas por funcionárias da instituição bancária.

Sobre as obras na mansão, o jornal afirma ter conversado com dois funcionários da EMBIBM Engenharia, que executou os trabalhos. O veículo também diz ter tido acesso a imagens da realização do serviço, que incluiu a coloação de postes de iluminação no jardim da residência, alugada após Guimarães deixar um apartamento de luxo bancado pelo banco.

No relato ao jornal, um dos funcionários afirmou que havia uma cerca no local, que foi retirada, para permitir que a casa ficasse aberta para o lago. Ele disse que fez a obra contratado pela EMIBM, que trabalha para o banco há 25 anos, por meio de licitações. Segundo esse funcionário, de nome Elizário Filho, foram colocados 11 postes de luz no local. Outro funcionário, o eletrcista Francisco Adriano confirmou tratar-se de benfeitoria da Caixa.

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Fonte: O tempo

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