Conectado por



Nacional

Saúde ainda não restabeleceu ConecteSUS após 13 dias do ataque hacker


Compartilhe:

Publicado por

em

Cidadãos que buscam acessar os serviços digitais do Sistema Único de Saúde, ou ConecteSUS, continuam impedidos após treze dias do ataque hacker que derrubou o site do Ministério da Saúde e de outros órgãos do governo federal.

No ConecteSUS, além do comprovante de vacinação contra a Covid-19, chamado de “passaporte da vacina” e combatido pessoalmente pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), é possível também visualizar o histórico clínico dos cidadãos brasileiros, acompanhar as vacinas aplicadas, exames laboratoriais, internações, medicamentos e ter acesso à Carteira de Vacinação Digital. 

Como resume a página do site do Ministério da Saúde que descreve e explica como baixar no celular o aplicativo do ConecteSUS Cidadão, essa é “a porta de entrada digital às informações de saúde”.

Na última quarta-feira (22), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou a jornalistas, na porta do ministério, que prevê o restabelecimento do sistema nesta quinta-feira (23). 

Porém, até o fechamento desta matéria, o aplicativo continua instável, sem possibilitar o acesso aos serviços disponíveis. O site (conectesus.saude.gov.br) ainda apresenta a mensagem “403 Error”, indicando que continua fora do ar.

Outro serviço, o LocalizaSUS, está bloqueado e apresenta também uma mensagem de erro: “Não foi possível estabelecer uma conexão segura com este site”, sem a opção de “continuar a conexão mesmo assim”.

Ataque hacker há 13 dias

Após um ataque hacker na madrugada da sexta-feira (10), sites do Ministério da Saúde foram derrubados e usuários relataram que os comprovantes de vacinação estavam indisponíveis no ConecteSUS.

Naquele dia, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, disse, em coletiva de imprensa, que os sistemas de marcação de cirurgias e de transplante de órgãos, além dos sistemas internos de trâmite de documentos da pasta, haviam sido restabelecidos pela equipe de tecnologia do ministério.

Na ocasião, Cruz avisou que não havia prazo para reestabelecer todos os sistemas que ficaram fora do ar, como o ConecteSUS. 

“O que a gente ainda não conseguiu restabelecer foram os sistemas e informações que tratam do registro da vacinação. O time está trabalhando intensamente para restabelecer isso da forma mais rápida possível, não só a equipe do Ministério mas também a empresa contratada”, afirmou Cruz há 13 dias.

Imediatamente após saber do ataque hacker, o governo federal suspendeu as medidas restritivas a viajantes, previstas para entrar em vigor no sábado (11).

Essas medidas foram adotadas pelo governo e passaram a vigorar na segunda-feira (20), depois de exigência feita pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Fedral (STF). 

Alguns dias depois, na segunda-feira (13), o próprio ministro Queiroga foi a público informar que a plataforma estaria reparada no dia seguinte. 
“Acredito que até terça-feira, né? Pelo menos essa é a expectativa nossa”, afirmou Queiroga à TV Globo ao ser questionado sobre o retorno da plataforma.

Naquela segunda-feira, o ministro também confirmou que o site da pasta havia sofrido novo ataque dos hackers. “Houve esse outro ataque. Infelizmente somos vítimas dessas figuras que têm, de maneira criminosa, invadido sistemas”, declarou. “Tentado invadir. Eles não conseguem invadir, mas tumultuam, atrapalham”, completou Queiroga.

Há uma semana, na quinta-feira (16), Queiroga voltou a dizer que a pasta está trabalhando para restabelecer o ConecteSUS o “mais rápido possível”, mas não estipulou prazo. 

Questionado nesta terça-feira (21) pela reportagem de O TEMPO sobre quando a plataforma voltará a funcionar plenamente, o Ministério da Saúde informou apenas que “não houve perda de dados e que há backup. A Pasta ressalta que o Departamento de Informática do SUS (Datasus) está atuando com agilidade para o restabelecimento de todas as plataformas impactadas o mais breve possível”.

 
O TEMPO agora está em Brasília. Acesse a capa especial da capital federal para acompanhar o noticiário dos Três Poderes

 

Fonte: O tempo

Publicidade

Mais notícias

Compartilhe: