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Queridinha da bolsa, Ambipar faz a 17ª aquisição e mira liderança global


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A Ambipar (AMBP3) anunciou nesta segunda-feira, dia 5, a compra da Sabi Tech, empresa colombiana especializada em gestão de riscos e resposta a emergências ambientais. A aquisição, cujo valor não foi divulgado, é nada menos do que  a 17ª compra realizada pela empresa brasileira desde o IPO, em julho de 2020.

Além de ser líder em gestão de risco, a Sabi é especializada em monitoramento de frota — mais da metade do transporte rodoviário colombiano é coberto pela empresa. A linha de negócios é novidade para a Ambipar e pode abrir novas frentes de atuação.

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“A empresa nos traz uma tecnologia diferenciada de gerenciamento e monitoramento da frota que poderá ser utilizada mundialmente pela Ambipar e ofertada aos clientes a nível global. Essa é mais uma aquisição alinhada ao plano estratégico de crescimento, com captura de sinergias e potencial maximização das margens e retorno”, disse em comunicado Fábio Castro, diretor de Relações com Investidores da Ambipar.

Empreitada internacional

De acordo com fontes a par do negócio, a incorporação da Sabi é parte de uma estratégia da Ambipar para se tornar líder global. Na semana passada, a empresa já havia adquirido a Disal, principal player de gestão ambiental no Chile e Peru. E antes disso, foram comprados negócios nos Estados Unidos e em outros mercados da América do Sul — no total, a Ambipar tem operações em 16 países.

A aquisição da semana passada fez os papeis da empresa subirem quase 10%. No ano, as ações da Ambipar acumulam alta de mais de 60%.

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A estratégia de crescimento inorgâncio é vista como ambiciosa, mas faz todo sentido do ponto de vista de negócio. A Ambipar tem dois braços fortes de atuação: gestão ambiental (chamada de enviroment) e resposta a emergências (chamada de response). O objetivo é ser líder global em ambas frentes.

Para chegar lá, a empresa se comprometeu a gastar 70% dos recursos do IPO em crescimento inorgânico — algo como 700 milhões de reais. Até agora, no entanto, a aposta já teria dobrado: as aquisições recentes representam um desembolso de cerca de 1,4 bilhão de reais.

“Boa parte disso está sendo financiada por meio de emissão de dívida longa, em operações pagas ao longo do tempo. O nível de endividamento, em relação à geração de receita, está próximo ao de antes do IPO”, diz uma fonte do setor.

O caminho para o pódio global é menos sinuoso no braço de response, setor em que a Ambipar já é líder no Brasil e em outros países da América Latina. Já o segmento de gestão ambiental é mais desafiador, pela presença de grandes concorrentes globais, principalmente dos Estados Unidos e Europa.

A ideia, no entanto, parece ser a de reforçar as aquisições pelo terreno conhecido: a América do Sul. Embora a empresa já tenha abocanhado boa parte dos grandes negócios de concorrentes em países vizinhos, existem oportunidades mais ao norte — negócios no México e Panamá podem ser os próximos alvos da “máquina de aquisições” da Ambipar.

Em paralelo, a empresa aposta em um forte crescimento orgânico, embalado pela recuperação econômica pós-pandemia e pela crescente preocupação das empresas com os fundamentos ESG. O ritmo de crescimento “do negócio”, sem contar as aquisições, tem sido de 30% ao ano.

Fonte: Exame

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