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Psicólogos atendem profissionais de saúde que atuam na pandemia
Profissionais de saúde que estão na linha de frente do atendimento de casos da Covid-19 no Hospital Universitário Antônio Pedro, em Niterói, na região metropolitana do Rio, estão sendo assistidos pelo serviço de psicologia.
O projeto PsiCOVIDa foi criado para dar apoio e acolhimento a esses profissionais e ajudá-los a lidar com o medo da infecção e da contaminação de familiares. Durante o surto de coronavírus, as seis psicólogas da unidade estão voltadas aos atendimentos das equipes de saúde, já que as consultas de ambulatório foram suspensas para evitar aglomeração no ambiente hospitalar.
O acolhimento é oferecido de forma presencial ou online, e também se estende aos familiares dos pacientes que venham a ser diagnosticados com Covid-19 e tenham que ser hospitalizados em isolamento. Todas as enfermarias do Hospital têm um cartaz do plantão PsiCOVIDa com um telefone para que o profissional possa marcar seu atendimento.
Além de questões emocionais e do medo de contaminação, entre os motivos para a procura estão também o estresse do próprio trabalho e a preocupação com o uso correto de EPIs – os equipamentos de proteção individual. A psicóloga Tânia Ventura avalia que é essencial nesse momento reforçar, de forma preventiva, a condição e o equilíbrio emocional desses profissionais, pois assim eles também vão conseguir prestar um atendimento melhor aos pacientes.
“Se você tem um profissional que está bem emocionalmente, com certeza, a relação entre ele e o paciente se torna muito melhor”.
Ventura afirma que a ideia do projeto é também ser um canal entre familiares e pacientes que estão isolados.
“A gente também vai tentar fazer essa relação do paciente com a família que está lá fora, que queira mandar um recado, um bilhetinho, uma demonstração de afeto dessa família, que não pode ter contato com ele.”
O Hospital Universitário Antônio Pedro recebeu, no início deste mês, um reforço de cerca de 200 profissionais de saúde da prefeitura para auxiliar no combate ao coronavírus. A unidade funciona como um hospital de retaguarda, com 53 leitos para dar apoio à Rede Municipal.
Fonte: Ag. Brasil