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PF conclui que Bolsonaro não interferiu na corporação e envia relatório ao STF


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A Polícia Federal (PF) entregou, nesta quarta-feira (30), ao Supremo Tribunal Federal (STF) um relatório com a conclusão de que o presidente da República Jair Bolsonaro (PL) não cometeu crimes no caso em que foi acusado de ter interferido na instituição. 

Assinado pelo delegado Leopoldo Soares Lacerda, a investigação, que foi encerrada, também concluiu que o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, autor das acusações contra Bolsonaro, não cometeu crime de falsa imputação de crime.

O ex-ministro foi investigado paralelamente por suposto cometimento de crimes contra a honra do presidente, como calúnia, difamação, além de denunciação caluniosa. “Não há elementos indiciários que demonstrem a falsa imputação de crime pelo noticiante [Sergio Moro], o que enseja igual arquivamento”, informa o documento.

O chefe do Executivo federal foi investigado por falsidade ideológica, coação, obstrução de Justiça, corrupção passiva privilegiada, advocacia administrativa e prevaricação e, agora, inocentado pela Polícia Federal.

“No decorrer dos quase dois anos de investigação, dezoito pessoas foram ouvidas, perícias foram realizadas, análises de dados e afastamentos de sigilos telemáticos implementados. Nenhuma prova consistente para a subsunção penal foi encontrada”, prossegue o relatório da instituição.

“Muito pelo contrário, todas testemunhas ouvidas foram assertivas em dizer que não receberam orientação ou qualquer pedido, mesmo que velado, para interferir ou influenciar investigações conduzidas na Polícia Federal”, acrescenta ainda o documento.

Entenda o que motivou a abertura do inquérito contra Bolsonaro

A investigação foi aberta a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2020, com base em denúncias de Moro, atual pré-candidato à Presidência pelo Podemos, de suposta tentativa de interferência de Bolsonaro em investigações da PF por meio de troca do comando da instituição.

Em abril daquele ano, o presidente havia demitido o diretor-geral da corporação, Maurício Valeixo, que foi escolhido por Moro. No lugar de Valeixo, Bolsonaro tentou nomear Alexandre Ramagem, nome ligado a filhos do presidente. A decisão motivou o pedido de demissão do ex-ministro da Justiça.

Em maio, Ramagem teve a nomeação suspensa pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, em uma ação ajuizada pelo PDT. Segundo Moraes, houve um desvio de finalidade na função

Em seguida, já sem Moro no governo, o nomeado foi Rolando Alexandre de Souza. Já em abril de 2021, foi nomeado Paulo Maiurino, exonerado em 25 de fevereiro deste ano, quando assumiu o delegado Márcio Nunes de Oliveira, quinto nomeado para comandar a PF na gestão Bolsonaro.

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Fonte: O tempo

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