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Pesquisadores de SP dizem que Covid-19 está cada vez mais agressiva e deixando sequelas


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Além da alta taxa de letalidade, pesquisadores alertam para efeitos graves da infecção por coronavírus. Pesquisadores que integram o Centro de Contingência para o Coronavírus em São Paulo alertaram para a gravidade da doença causada pelo vírus.

 

O diretor do Instituto Emílio Ribas, Luiz Carlos Pereira, usou dados do hospital que é a principal referência na América Latina para doenças infectocontagiosas para mostrar o impacto. Segundo ele, 20% dos pacientes que vão para a UTI acabam morrendo e quase 40% precisam fazer diálise.

 

Sonora: “De cada cinco pacientes que vão para UTI, um não volta pra casa. Além desse óbito, eu tenho uma porcentagem de pacientes que estão evoluindo com insuficiência renal. De cada 10 pacientes, 4 estão evoluindo para insuficiência renal. Desses pacientes que vão receber alta, alguns deles vão precisar continuar fazendo diálise. Alguns deles vão ter ainda sequelas pulmonares. Então, a questão não é só número absoluto de leito versus necessidade e indicação e número de pacientes para ocupá-los. A questão é que a gente está diante de uma doença nova que surpreende a cada dia com novas manifestações clínicas.”

 

Entre as outras manifestações clínicas estão problemas neurológicos, cutâneos e vasculares. Segundo Luiz Carlos as equipes do hospital ainda estão coletando dados para avaliar outros efeitos da doença.

 

O coordenador do Centro de Controle de Doenças Infecciosas, Paulo Menezes, explicou que, diferente de outras gripes que atacam principalmente o sistema pulmonar, a doença do coronavírus provoca uma doença sistêmica.

 

Sonora: “A cada dia que passa, nós entendemos que a doença é mais grave, que o vírus é mais agressivo que parecia no início da pandemia. A gente vai compreendendo mecanismos de como o vírus ataca os diferentes sistemas do indivíduo. E, hoje, está ficando claro que a infecção causa uma doença sistêmica e não só uma doença pulmonar.”

 

Para ele, a alta taxa de letalidade não é só por falta de acesso a leitos de UTI.

 

Sonora: “Oito por cento das pessoas que foram diagnosticadas vieram a óbito e não foi por falta de leito de UTI, porque isso não está acontecendo no estado de São Paulo”.

 

Os índices de ocupação dos leitos de UTI nos estado de São Paulo tem aumentado, mas as vagas não chegaram a ficar esgotadas. Nesta quinta-feira (14), a taxa de ocupação está em 85% na capital e 69% no restante do estado.

Fonte: Ag. Brasil

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