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O que eu aprendi no curso de gestão mais concorrido de Harvard


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Essa semana retornei da minha segunda temporada em Harvard, universidade dos EUA, onde participei do programa OPM (Owners/Presidents Management) por três semanas, ao lado de outros 160 líderes do mundo todo. Inspirado pelos inúmeros aprendizados que tive, decidi compartilhar um pouco sobre essa experiência e os meus principais insights. 

O que me motivou a ir para Harvard?

Na Conquer ensinamos sobre a importância do aprendizado contínuo, e que o melhor investimento que existe é em conhecimento e desenvolvimento.

O que nos fez chegar até aqui não vai nos fazer chegar “lá”. Essa frase não vale só pra você, mas pra mim também. Como líder de uma EdTech focada em negócios, percebi que meu aprendizado foi duplo: desenvolvendo as melhores práticas para o meu negócio, e também aprendendo o “jeito Harvard” de ensinar.

Como funciona o programa OPM

O programa reúne 160 fundadores e CEOs de diferentes setores e formatos de negócio de todo o mundo. A seleção é rigorosa, considerando critérios como o tamanho da empresa e a experiência dos participantes.

O OPM é um programa de três anos, com imersões de três semanas a cada ano, realizadas no campus da Harvard Business School, em Boston. Durante esse período, todos os participantes vivem no campus em apartamentos compartilhados, promovendo a interação. Cada participante tem seu próprio quarto, que é igual para todos, independentemente do cargo ou tamanho da empresa.

Cerca de quarenta dias antes de cada imersão, os participantes recebem estudos de caso reais para serem lidos e discutidos durante as sessões presenciais. São 35 cases ao ano, alguns de mais de vinte páginas, que precisam ser lidos e estudados antes das etapas presenciais.

3 principais aprendizados que tive no programa

 A execução é sete vezes mais importante do que a estratégia

Diferente do que muitos acreditam, uma estratégia média com uma execução excelente vence de uma estratégia excelente com uma execução média.

Uma empresa joga o jogo do longo prazo, e não do curto prazo. Por isso, quanto mais o tempo passa, mais importante se torna a execução. Um estudo apresentado por um dos professores mostrou que no mundo ágil em que vivemos hoje, os líderes precisam ter estratégias adaptáveis. Isso porque é ao longo da execução que você ajusta a sua estratégia. Planos de negócios de anos à frente não são mais tão eficazes, e o que o mercado exige hoje é flexibilidade, informação e adaptabilidade.

 Cultura forte é vantagem competitiva

Uma empresa é feita por pessoas e existe para servir pessoas. Dessa forma, é fundamental que a formação de cultura seja um processo intencional e consciente.

Empresas com cultura forte apresentam maior lucro e taxas de crescimento de vendas. Negócios guiados pelo coletivo, com a cultura do “nós”, superam empresas com culturas centradas no “eu”.

Cultura é o guia de decisões na falta de políticas. Cultura é resultado, crescimento e lucro.

A melhor negociação é aquela que gera mais valor

Durante as aulas do módulo de Negociação, participei de uma dinâmica, onde cada aluno recebeu um papel diferente de negociação. Fiquei em primeiro lugar da turma nessa atividade.

É claro que fiquei muito orgulhoso, mas o que mais me chamou a atenção foi como o ranking era calculado e como funcionavam os aprendizados desse exercício.

Após as rodadas de negociação, foi perguntado a cada um sua disposição para negócios futuros A classificação dos melhores negociadores era dada cruzando o resultado da negociação, o valor gerado para todos e confiança entre os participantes após a negociação.

Como líderes, precisamos sempre pensar no longo prazo e na sustentabilidade dos nossos negócios. Afinal, ganhar uma negociação, mas perder a sua reputação, é péssimo negócio.

 

 

Fonte: Exame

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