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Novo ministro da Educação é pastor e especialista em Antigo Testamento


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Escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para chefiar o Ministério da Educação (MEC), o pastor Milton Ribeiro é advogado e tem formação em Teologia. Entre as características que fizeram com que fosse escolhido, está o “apreço à família e aos valores”, dizem conhecidos e integrantes do governo. 

Em mensagem a amigos, após ser anunciado, Ribeiro disse que acreditava ser a “hora de darmos atenção especial à educação básica, fundamental e ao ensino profissionalizante e de “incrementar o ensino superior e a pesquisa científica”. 

Ele ainda disse que trabalharia em articulação com os Estados, municípios e seus gestores “para mudar a história da educação do nosso País”. Falou em tom de conciliação, dizendo que é hora de “um verdadeiro pacto nacional pela qualidade da educação em todos os níveis”. “Precisamos de todos: da classe política, academia, estudantes, suas famílias e da sociedade em geral. Esse ideal deve nos unir”, completou.

Atualmente, Ribeiro é reverendo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração, em Santos. Ao anunciá-lo, o presidente frisou seu doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo, feito em 2006. A USP já confirmou a autenticidade do título acadêmico, mas a tese não discutiu políticas públicas. O trabalho dissertou sobre a educação escolar como “pressuposto da organização institucional calvinista e não apenas seu resultado”. Suas pesquisas foram em decisões oficiais da Igreja Presbiteriana do Brasil. 

Ele foi vice-reitor do Mackenzie e cuidava de questões acadêmicas na universidade, quando o reitor era o ex-governador de São Paulo Claudio Lembo. O novo ministro é especializado também no estudo do Velho Testamento.

Quem o conhece diz que não há nele uma postura ideológica, de acreditar que os professores de história são comunistas – e que é um homem educado e discreto. Sua indicação está sendo atribuída ao Ministro-chefe da Secretaria-Geral, Jorge Oliveira, e ao ministro da Justiça, André Mendonça, também presbiteriano.

Ribeiro não teria agradado necessariamente a ala evangélica que apoia Bolsonaro. O grupo havia indicado o atual reitor do Instituto de Tecnologia Aeronáutica (ITA), Anderson Correa. “Milton é indicação do ministro da Justiça, que é presbiteriano como ele. Não posso falar nada contra o novo ministro porque seria uma injustiça, eu não o conheço.  Mas não venha dizer que ele é apoiado por evangélicos, que nós não temos nada com isso. É uma escolha do presidente junto com o ministro da Justiça”, disse Silas Malafaia.

 

Fonte: O tempo

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