Moradores criticam pintura semelhante a suástica em parque de Porto Alegre

A pintura no piso da calçada do Parque da Farroupilha, mais conhecido como Redenção, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, tem repercutido negativamente nas redes sociais. O motivo: a semelhança com uma suástica nazista observada não só no padrão das linhas, mas também das cores utilizadas. 

Fotos do local têm sido compartilhadas e moradores da cidade têm pedido à prefeitura da capital gaúcha a alteração da pintura. 

“Este lugar da foto é o parque da Redenção que teve um quilombo de ex-escravizados e fica no coração do bairro judaico do Bom Fim em Porto Alegre, e o que a prefeitura faz no piso? Isso mesmo, mete uma suástica com as cores do III Reich!”, diz uma das publicações no Twitter.

Este lugar da foto é o parque da Redenção que teve um quilombo de ex-escravizados e fica no coração do bairro judaico do Bom Fim em Porto Alegre, e o que a prefeitura faz no piso? Isso mesmo, mete uma suástica com as cores do III Reich! pic.twitter.com/9TpThpRxCD

— paralelepípedo de crack (@nietzsche4speed) October 13, 2021

“Um símbolo nazista em um parque na Alemanha da década de 1930 ou 1940? Não! O piso de um recanto no lado da/o Parque da Redenção, em plena pro Alegre do século XXI!”, diz outra publicação, desta vez no Facebook. 

Em nota enviada ao portal G1, a administração da cidade explicou que os detalhes no piso fazem parte do projeto original do parque, inaugurado em 1935, durante as comemorações de 100 anos da Guerra dos Farrapos. Ainda, segundo a nota, a pintura foi refeita em fevereiro de 2020, durante a última reforma, o que destacou o desenho original. 

De acordo com o portal, como o parque fica localizado em uma região próxima com Centro Histórico de Porto Alegre, que é tombado como patrimônio histórico, cultural, natural e paisagístico, a prefeitura solicitou à Secretaria Municipal de Cultura (SMC) um histórico do recanto e, “uma vez que seja identificada qualquer alusão a elementos nazistas, serão estudadas formas de alterar ou remover o desenho”. 

Ainda, segundo a administração municipal, há registros da existência dos detalhes no piso já em 1943.