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Governo do RJ negocia transferência de gestão de hospitais de campanha atrasados a consórcio privado


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Depois do atraso sucessivo na entrega de hospitais de campanha pela Organização Social Iabas, o Governo do Rio de Janeiro informou que está negociando com um consórcio privado para assumir a gestão das unidades direcionadas ao tratamento de pacientes graves da Covid-19.

O assunto foi discutido em reunião nessa sexta-feira com representantes do Iabas; os secretários estaduais de Saúde, Fernando Ferry, e de Infraestrutura e Obras, Bruno Kazuhiro; e representantes da Associação de Hospitais do Estado do Rio de Janeiro e do Sindicato dos Hospitais do Rio. 

Segundo o governo, uma das possibilidades em estudo é de que o Iabas fique apenas com a gestão do Hospital do Maracanã, com 400 leitos, inaugurado no último dia 9 de maio. Mas a organização deverá concluir as obras dos seis hospitais restantes, com supervisão direta da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Obras.

Se houver acordo, o consórcio privado de hospitais vai ficar encarregado de contratar os profissionais de saúde para a gestão e fazer o atendimento aos pacientes, obedecendo aos valores de tabela já em vigor com o Iabas.

Nesta semana estava prevista a abertura de dois hospitais de campanha no Rio, um em São Gonçalo, na região metropolitana, e outro em Nova Iguaçu, na baixada fluminense, que mais uma vez foi adiada.

O prazo de conclusão desses hospitais estava previsto para o final de abril. No entanto, quase 30 dias depois, apenas três dos nove hospitais previstos foram inaugurados, dois deles financiados e geridos pela iniciativa privada.

Segundo a Iabas, Organização Social contratada pelo governo para construção e gestão das demais estruturas, há dificuldades em contratar médicos e pessoal técnico para a unidade de São Gonçalo. Em nota, a OS afirmou mantém os esforços na contratação, mesmo com a decisão do TCE de suspender os pagamentos à entidade.

A Iabas é investigada na Operação Placebo, realizada esta semana pela Polícia Federal, que apura a existência de um esquema de corrupção entre a organização e servidores da Secretaria de Saúde do Estado na construção de unidades de campanha.

Nesta sexta-feira havia 919 pacientes internados na capital por suspeita ou confirmação da Covid, sendo 315 em UTI. Outras 285 pessoas aguardavam transferência para essas unidades de tratamento intensivo, que podem ser regulados para as diferentes redes, seja ela municipal, estadual ou federal.

Com a exceção do Hospital Regional Zilda Arns, em Volta Redonda, no sul do estado, segundo a secretaria, todos os outros leitos destinados para a Covid estão ocupados.

Fonte: Ag. Brasil

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