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Estudante da Ufop tem mestrado reconhecido após perder título por gravidez


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A Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) voltou atrás e concedeu o título de mestre à pesquisadora Ambar Soldevila Cordoba. Ela havia perdido o reconhecimento após não conseguir entregar documentos a tempo, após dar à luz e passar por dificuldades financeiras. 

Em conversa com a reportagem, Ambar se disse aliviada. “Estou muito feliz. Eu recebi a notícia pelo e-mail do programa, que me enviou a decisão. Agora, eles têm que me religar no sistema da Ufop, porque eles desligaram minha matrícula, para eu poder solicitar meu diploma”, disse a agora especialista em ecologia. 

A mãe apresentou uma dissertação sobre a flora de sempre-vivas na Serra do Caraça, o trabalho final do curso de pós-graduação. Com um recém-nascido em casa e com o dinheiro escasso depois de perder a bolsa de R$ 1.500 e ver seu pequeno restaurante em Lavras Novas minguar, ela não conseguiu entregar os documentos e correções finais do curso no prazo e perdeu o título de mestre, por decisão do colegiado da pós-graduação. 

Agora, ela pretende avaliar o que fará da vida com o diploma em mãos. “Tenho um filho pequeno que não pode ficar longe de mim. Ainda não tenho nenhuma oportunidade de emprego. Mesmo com a repercussão, não recebi oferta alguma”, afirmou.

Para Ambar Cordoba, o objetivo é que o caso dela vire exemplo para que a universidade tenha mais tolerância com as mulheres que precisam cuidar dos filhos ainda pequenos. 

“O próprio colegiado que me negou, agora reconsiderou. Ficou um pouco feio, mas eles conseguiram se retratar. As outras mulheres têm que ter o bom senso do programa e dos orientadores para conseguir a licença-maternidade e um prazo maior. Ainda tem que mudar”, disse a pesquisadora. 

O relato de Ambar em suas redes sociais viralizou no início desta semana, atraindo atenção de milhares de mulheres sobre as dificuldades que o mundo acadêmico impõe às mães cientistas. 

Foram quase 60 mil curtidas na postagem que denunciou o caso. 

Fonte: O tempo

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