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Desaparecimentos na Amazônia: comissão internacional pressiona Brasil


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A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) anunciou neste sábado (11) a adoção de medidas cautelares para que o Brasil aumente os esforços na procura pelo indigenista Bruno Araújo Pereira e pelo jornalista britânico Dom Philips. Esta é a primeira decisão internacional sobre o caso. Diante da comunidade internacional, nos EUA, nesta sexta-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro disse que governo faz “busca incansável” pela dupla desaparecida desde o último domingo (5). 

O pedido de medida cautelar foi solicitado, na noite de sexta-feira (10), pela ARTIGO 19 e outras organizações. A Comissão emitiu a Resolução 24/2022, por meio da qual avalia que o indigenista brasileiro e o jornalista britânico se encontram em situação urgente e de risco de danos irreparáveis para os seus direitos.

Além da ARTIGO 19, o pedido de medida cautelar foi assinado por Instituto Vladimir Herzog, Repórteres sem Fronteira, Alianza Regional por la Libre Expresión e Información, Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Associação de Jornalismo Digital (Ajor), Tornavoz e Washington Brazil Office.

Na resolução, a Comissão Interamericana solicita ao Brasil que:

  • redobre seus esforços para determinar a situação e o paradeiro de Bruno Araújo Pereira e Dom Phillips, a fim de proteger os seus direitos à vida e à integridade pessoal, e que possam continuar realizando seus trabalhos de defesa de direitos humanos ou exercendo suas atividades jornalísticas;
  • e informe sobre as ações adotadas a fim de investigar com a devida diligência os fatos alegados que deram origem à adoção desta medida cautelar e, assim, evitar a sua repetição.

Denise Dora, diretora-executiva da ARTIGO 19, espera que a pressão internacional faça com que o governo brasileiro aumente os esforços na busca pelos desaparecidos. “Estamos prestes a completar uma semana dos desaparecimentos, então cada minuto e reforço na busca importam. O governo brasileiro precisa ser responsabilizado a manter a segurança e a vida daqueles que lutam pelos direitos humanos no país”, afirma. “Permaneceremos em alerta e dando seguimento no âmbito internacional até que as recomendações da CIDH sejam integralmente cumpridas”, completa.

O Estado brasileiro foi notificado e deve informar, dentro do prazo de sete dias, sobre a adoção das medidas cautelares requeridas e atualizar periodicamente essas informações.

Fonte: O tempo

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