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Celso de Mello adia para semana que vem decisão sobre sigilo de vídeo com Bolsonaro e ministros


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Diferente do que era esperado, o ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello adiou para a semana que vem a decisão sobre o sigilo de um vídeo gravado no Palácio do Planalto.

 

Ele é o relator de um inquérito que investiga as declarações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro sobre uma possível interferência indevida do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.

 

As imagens foram gravadas no dia 22 de abril, na reunião da qual participaram Bolsonaro, ministros de Estado e outras autoridades federais.

O relator pediu que as partes envolvidas no inquérito se manifestassem sobre a retirada do sigilo. A defesa de Moro pediu a divulgação na íntegra das duas horas de gravação. O procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu o fim do sigilo apenas dos trechos que tenham relação direta com a investigação. A Advocacia-Geral da União sugeriu a publicação de todas as falas da Jair Bolsonaro – o que daria cerca de 20 minutos – e antecipou a transcrição de algumas declarações.

De acordo com a AGU, em um dos trechos do vídeo, Bolsonaro teria dito: “Eu não posso ser surpreendido com notícias. Pô, eu tenho a PF que não me dá informações; eu tenho as inteligências das Forças Armadas que não têm informações; a Abin tem os seus problemas, tem algumas informações.”

Esta semana, o presidente chegou a defender a divulgação integral do vídeo e negou ter citado a Polícia Federal na reunião. Nesta sexta, Bolsonaro admitiu ter usado a expressão PF, durante o encontro gravado.

O relator está trabalhando de casa, em São Paulo, devido às medidas de distanciamento social. O Supremo informou que Celso de Mello assistirá ao vídeo na segunda-feira, antes de tomar a decisão sobre o levantamento, total ou parcial, do sigilo temporário. O inquérito é quase todo público. O único material em segredo é esse vídeo, porque pode conter informações estratégicas para o país.

Fonte: Ag. Brasil

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