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Vice-presidente do Fed sinaliza elevação da taxa de juro já em março


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A vice-presidente do Federal Reserve (Fed), Lael Brainard, afirmou nesta quinta-feira, 13, que o banco central dos Estados Unidos está em posição de iniciar o que poderiam vir a ser várias altas no juro neste ano “assim que” concluir seu programa de compra de títulos, previsto para março.

“O comitê [de definição de política monetária do Fed] projetou vários aumentos [do juro] ao longo do ano”, disse Brainard em depoimento perante o Comitê Bancário do Senado.

Brainard também disse esperar que a atual onda de inflação alta persista nos próximos dois trimestres. Seus comentários vieram em resposta à pergunta de um senador durante sua audiência de confirmação de nomeação para vice-presidência do Fed.

No final do ano passado, o Fed começou a reduzir suas compras de Treasuries e títulos lastreados em hipotecas — processo conhecido como tapering — e está a caminho de concluir o processo em março.

A ata da última reunião de política monetária do Fed de 2021 indicou que as autoridades estavam cada vez mais ansiosas para lidar com a taxa de inflação, que está mais de duas vezes acima da meta anual flexível de 2%.

Várias autoridades do Fed, desde então, defenderam publicamente que os aumentos da taxa de juro começassem na reunião de política monetária de 15 a 16 de março. Brainard pareceu sinalizar que está pronta para agir sobre os juros imediatamente após a conclusão da redução da compra de títulos.

O dia foi marcado ainda por posicionamentos dos presidentes do Fed de Richmond, da Filadélfia, e de Chicago, com todos se mostrando preocupados com o avanço da inflação e dispostos a subir juros. As declarações levaram a uma liquidação na renda variável americana, em especial nos papéis de tecnologia. O Nasdaq, índice de tecnologia americano, encerrou o dia em queda de 2,51%.

O Fed reduziu sua taxa de juro de referência para quase zero em março de 2020 e lançou um programa de compra de ativos em larga escala para proteger a economia do golpe causado pelo início da pandemia de coronavírus.

Na terça-feira, em sua audiência de confirmação perante o mesmo grupo de senadores para um segundo mandato como presidente do Fed, Jerome Powell disse que a economia não precisa mais de um apoio tão amplo.

*Com a redação

Fonte: Exame

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