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Varíola dos Macacos: ‘Não tem recursos’, afirma reitora da UFMG sobre pesquisas


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A reitora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Sandra Regina Goulart Almeida, afirmou que os cortes orçamentários vivenciados pela instituição impactam a realização de pesquisas em torno da monkeypox – popularmente conhecida como varíola do macaco. A declaração foi dada nesta segunda-feira (08) durante entrevista exclusiva ao Super N 2ª edição, da Rádio Super 91,7 FM.

A situação financeira da UFMG foi alvo de matérias em O TEMPO na última semana, já que a redução nas receitas resulta em um déficit de mil servidores e o orçamento para custear bolsas aos alunos sofreu uma queda de R$ 12,2 milhões entre 2016 e 2021. A limitação está ligada à implementação do teto de gastos públicos e a cortes feitos pelo Ministério da Educação. 

“A universidade tem quatro dos pesquisadores que fazem parte do estudo nacional (sobre monkeypox). Nós temos os melhores pesquisadores dessa área, mas não tenho como dar o apoio necessário para estudos ampliados. Não tenho recursos para isso. Se tivéssemos, estaríamos apoiando de forma efetiva”, disse a reitora. 

A  CâmaraPox, instituída pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) tem a presença das cientistas Giliane de Souza Trindade e Erna Geessien Kroon, do laboratório de Vírus do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG. As duas profissionais atuam no Departamento de Microbiologia e integram a equipe de pesquisa em ecologia de viroses emergentes. 

Outro docente que integra o grupo é o pesquisador do CTVacinas da UFMG Flávio da Fonseca. É uma pena (a limitação no orçamento). Quem perde é a própria sociedade porque como universidade pública, temos a missão de servir ao público e à sociedade como um todo”, complementou Sandra Regina, ao lembrar que 95% da produção científica no Brasil tem origem nas universidades públicas. 

A preocupação em relação às pesquisas sobre monkeypox ocorrem em momento de alta nos registros da doença em Minas Gerais no Brasil. No Estado, o número de casos suspeitos aumentou 16% entre a última sexta-feira e sábado. Ao todo, são 339 registros pendentes de confirmação, enquanto 81 diagnósticos já foram feitos. Belo Horizonte, inclusive, já tem transmissão comunitária da doença. 

Fonte: O tempo

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