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Tijolos não suficientes para barrar o Lobo Mau do e-commerce


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Por Andrea Fernandes*

Era uma vez três porquinhos. Todos eles moravam com sua mãe até que, um dia, decidiram sair de casa (ou decidiram por eles). Com isso, os porquinhos construíram três casas…

O primeiro porquinho, preguiçoso, quis construir uma casa que não desse trabalho. Apesar da advertência dos irmãos, construiu uma casa de palha.

O segundo porquinho, menos preguiçoso que o primeiro, resolveu construir uma casa de madeira. Apesar de mais segura que a casa de palha, a de madeira não era boa para o frio e não era resistente o suficiente para impedir a entrada de um lobo.

O terceiro porquinho, por sua vez, precavido e paciente, resolveu construir sua casa com tijolos.

A história é clássica e vocês já sabem como continua, né?

A diferença entre a história dos três porquinhos e a vida atual é que tijolos não param mais lobos. A alcateia entra agora até nas casas mais seguras e preparadas para ataques.

Os novos lobos querem muito mais, e trazem o e-commerce, mais uma vez, para o centro das discussões. O que aconteceu com a Renner — no início desta semana a empresa sofreu um ataque digital que suspendeu as operações de seu e-commerce por quase quatro dias — mostra como estamos vulneráveis, independentemente do tamanho da empresa ou área de atuação.

É até engraçado repetir aqui, pela segunda semana consecutiva, o meu mantra: a maioria é boa. Mas como em toda regra cabem exceções, seria leviana se não lembrasse vocês que a maioria não é todo mundo.

Hoje, o que realmente importa no e-commerce não é o estoque gigantesco da Renner ou a logística campeã da Magalu, tampouco toda inovação do Mercado Livre ou a agilidade do iFood.

O que realmente importa hoje é informação. São dados.

E quem é o dono desses dados? Todo mundo. E ninguém.

O dado é coletivo quando pensamos que é responsabilidade de todos dentro de uma empresa se preocupar com ataques ou vazamentos. Da CEO, passando pelo DPO (Data Protection Officer) até o/a jovem aprendiz.

Apresento o T.Group como uma holding que traz soluções de confiança para o e-commerce em toda jornada do consumidor. São empresas que atuam no pré-venda, no momento da venda e no pós, além de trazer inteligência durante o processo.

Sou uma pessoa que dorme tranquila, num modo geral. Dá 21h30 e começo a bocejar, adormecendo meia hora depois. Deito tranquila e acordo relaxada. Isso não acontece porque os meus dados e da empresa onde trabalho estão seguros e garantidos, mas por conta de um trabalho diário de todo mundo (todo mundo mesmo) para manter a segurança e privacidade.

Além das soluções que ajudam nossos clientes e parceiros, temos uma preocupação grande com a segurança de dados. Nosso time de segurança e compliance sua a camisa para garantir que tudo está saudável – mas parte desse esforço vem do grupo todo. Absolutamente todos remando na mesma direção. Você não sai do lugar se não estiver remando na direção certa.

Fora que seus dados estão em vários lugares. Seu CPF é conhecido pelo banco, pela prefeitura, o cartão de crédito, o antifraude contratado pela empresa que você está comprando e, claro, pelo varejo.

Fiquei muito impressionada com a comoção de todo setor em torno do que aconteceu na última semana. A solidariedade corporativa nos provou o quanto estamos juntos nesse barco. Pode ser um transatlântico ou um cruzeiro, mas ainda estamos, todos juntos, no mesmo barco.

Sabe aquela propaganda do Itaú que uma pessoa para o indivíduo na rua e dita todos os seus dados sensíveis? É isso. Todo mundo é dono dos dados, mas ninguém é – ou pelo menos, não deveria ser.

LGPD tá aí pra isso, e agora dá multa.

“In God we trust. All others must bring data.” William Edwards Deming costumava dizer que “em Deus nós confiamos; todos os outros devem trazer dados”. Dado é que nem ouro: vale mais que dinheiro.

E tijolos não protegem nada.

*Andrea Fernandes é CEO do T.Group

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Fonte: Exame

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