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SP tem duas grávidas e dez crianças e adolescentes com varíola dos macacos


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O Estado de São Paulo registra dois casos de varíola dos macacos entre mulheres grávidas e outros dez diagnósticos entre crianças e adolescentes. No total, o estado confirma 1.298 casos, sendo a grande maioria deles – 97% – entre homens. Gestantes e crianças são consideradas como grupos de risco para varíola dos macacos por terem maior probabilidade de desenvolver complicações da doença. Imunossuprimidos também fazem parte dos grupos que requerem maior atenção, e está nesse grupo o paciente que morreu em Minas Gerais na semana passada. Segundo as informações do governo estadual, as duas grávidas infectadas com monkeypox – vírus que causa a varíola dos macacos – não apresentam sintomas graves da doença. Por isso, elas estão em isolamento doméstico.

Os menores também não estão com quadro grave. No total, são cinco crianças abaixo de nove anos e outros cinco adolescentes. Todos eles fazem isolamento em casa. A maior parte dos diagnósticos continuam sendo em homens, uma tendência vista em todo o mundo. No estado de São Paulo, 97% dos casos são concentrados nessa população.

No entanto, os casos já registrados em outros grupos demonstram que a doença pode infectar qualquer pessoa. “Temos casos de crianças, mulheres grávidas, mulheres e homens que moram nas ruas”, afirmou David Uip, secretário de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde do governo paulista, durante entrevista coletiva nesta quinta. “Daqui a pouco, todas as pessoas vão estar passíveis de infecção”, completa o secretário.

No surto atual, a transmissão da doença se concentra durante contato íntimo no sexo e entre homens que fazem sexo com outros homens. Mas qualquer pessoa está sujeita a se infectar, independente de atividade e orientação sexual, ao ter contato próximo e prolongado com alguém doente.

“A boa informação tem que ser exata, mas absolutamente sem preconceito”, afirmou Uip. Os casos no estado são principalmente leves, mas dois pacientes estão internados em unidades hospitalares em razão da doença.

Enfrentamento Nesta quarta, o governo paulista também anunciou medidas para enfrentar o surto. Entre as ações está a criação de uma rede estadual de hospitais para atendimento de pacientes mais graves e de uma rede de laboratórios públicos e privados liderada pelo Instituto Adolfo Lutz para vigilância epidemiológica e genômica do vírus monkeypox.

As autoridades de saúde também informaram que está previsto, para o estado, o fornecimento de 11 mil doses de vacinas contra a varíola dos macacos. Como o esquema vacinal é feito por duas doses, 5.500 pessoas devem ser vacinadas em um primeiro momento.

O governo também divulgou recomendações para grávidas, puérperas e lactantes que são infectadas por monkeypox. Dar preferência pela cesariana a depender das lesões causadas pela doença e suspender a amamentação do bebê por pelo menos 14 dias são algumas dessas medidas. (Samuel Fernandes/Folhapress)

Fonte: O tempo

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