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Sete Estados já relataram falta da vacina AstraZeneca para aplicação da 2ª dose


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Pelo menos sete Estados brasileiros estão enfrentando problemas relacionados à falta de doses da vacina Oxford/AstraZeneca para aplicar a segunda parte da imunização contra a Covid-19 em seus habitantes.

De acordo com informações apuradas pelos portais G1, UOL e R7 entre a sexta-feira (10) e este sábado (11), a escassez de doses da vacina produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) já foi identificada até o momento em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Tocantins e Rondônia.

Além disso, a aplicação da segunda dose da AstraZeneca também pode ser suspensa em Minas Gerais, Espírito Santo e Santa Catarina nos próximos dias, pelo mesmo motivo. O TEMPO questionou a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) e o governo estadual de Minas sobre o tema e ainda aguarda um retorno.
 

Entenda

A entrega de novas doses da AstraZeneca pela Fiocruz ao Ministério da Saúde está paralisada, devido a um atraso na importação do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), insumo fundamental para a fabricação do imunizante. Os últimos lotes chegaram nos dias 25 e 30 de agosto, mas o processo de produção e controle de qualidade demora cerca de três semanas e, por isso, a liberação de novas doses só deve ocorrer a partir da semana que vem.

Diante da escassez, o governo de São Paulo anunciou que 95% das unidades de saúde da capital paulista já haviam suspendido a aplicação da segunda dose da AstraZeneca e que cerca de 1 milhão de paulistas estavam na fila para completar o esquema vacinal. Na noite de sexta (10), o governo comunicou que usará doses da Pfizer para completar a imunização de quem recebeu a primeira dose da AstraZeneca e acusou o Ministério da Saúde de um “apagão” na entrega de vacinas.

O governador paulista João Doria (PSDB) chegou a dizer que, caso não receba 1 milhão de doses de AstraZeneca até a próxima terça-feira (14), o Estado pretende acionar o Supremo Tribunal Federal (STF).

Os governos do Rio de Janeiro e de Mato Grosso do Sul também estudam adotar a mesma medida, isto é, aplicar a vacina da Pfizer em quem estiver com a segunda dose de AstraZeneca atrasada. “Já estamos sem estoques na maioria dos municípios, senão na totalidade deles”, relatou ao jornal O Estado de S.Paulo o secretário estadual de Saúde sul-mato-grossense, Geraldo Resende.

Ministério nega

Em nota, o Ministério da Saúde afirmou neste sábado (11) que não há atrasos na entrega de vacinas contra a Covid-19 para aplicação de segunda dose.

“O Ministério da Saúde informa que não deve quantitativo de segunda dose das vacinas Covid-19 a nenhum Estado brasileiro”, publicou a pasta.

A pasta federal argumenta que a falta de doses para completar o esquema vacinal da população deve-se a alterações feitas por Estados e municípios na ordem de aplicações prevista no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO).

“As alterações feitas por estados e municípios no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO), como descumprir o que foi pactuado em reunião tripartite (União, Estados e municípios), acarretam na falta de doses para completar o esquema vacinal na população brasileira. Para evitar esse cenário, a Pasta alerta, mais uma vez, para que Estados, municípios e o Distrito Federal sigam o PNO”, diz a nota.

A intercambialidade das vacinas (doses cruzadas da Pfizer e da AstraZeneca) foi chancelada pelo Comitê Científico do governo do Estado de São Paulo e pelo Programa Estadual de Imunização (PEI), que embasaram a decisão em estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e em orientações do próprio Ministério da Saúde.

 

Esta matéria está sendo atualizada

Com informações das Agências Brasil, Estadão Conteúdo e Folhapress

Fonte: O tempo

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