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São Paulo prorroga quarentena até 10 de maio
Pela segunda vez, o governador de São Paulo, João Dória, prorrogou a medida que determina o fechamento de comércios e serviços não essenciais.
A política de distanciamento social vem sendo adotada no estado desde o dia 24 de março, e estava prevista para acabar no dia 22 de abril. Agora, segue até o dia 10 de maio.
Apenas serviços essenciais, como farmácias, supermercados, postos de gasolina e construção civil, seguem funcionando.
A medida é anunciada no momento em que os hospitais públicos do estado começam a chegar no limite de ocupação de leitos.
Segundo a Secretaria de Saúde, nessa sexta-feira mais de 3,5 mil pessoas que testaram positivo para Covid-19 estavam internadas. Desse total, 1.236 em leitos de UTI. Além dos casos confirmados, outros 2.235 pacientes estão internados por suspeita de coronavírus – mais de mil deles em UTIs.
Os principais hospitais de referência do estado estão acima de 80% de ocupação dos leitos de Unidade Intensiva, e no Instituto Emílio Ribas o número de leitos voltou a se esgotar.
Ao mesmo tempo que o sistema de saúde sente a pressão com a entrada de mais pacientes a cada dia, cai o índice de isolamento social. Esse número, que vinha estabilizado em 50% ao longo da semana, segundo o último balanço disponível, caiu para 49%. O ideal seria ficar acima de 70%.
Nessa sexta-feira o movimento foi intenso nas ruas da capital paulista. A maior movimentação de pessoas preocupa o Coordenador do Centro de Contingência para o Coronavírus, David Uip.
A regra vale tanto para a capital do estado, o epicentro da epidemia, como as cidades do interior, que parecem ainda não ter casos de coronavírus. Uip comparou esses lugares com o que aconteceu na Itália e o que está acontecendo nos Estados Unidos.
Apesar da preocupação, a avaliação do Centro de Contingenciamento é de que o estado de São Paulo está conseguindo reduzir a curva de crescimento, apesar de ainda estar em uma faixa em que os números da epidemia dobram em até três dias.
Sem contar a subnotificação. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado, a fila de testes à espera de diagnóstico caiu 44%. Ainda assim, são mais de 9,4 mil exames de casos suspeitos sem resultado.
Fonte: Ag. Brasil