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Saiba como funciona a Dragagem: técnica utilizada para garantir navegabilidade pelo rio Madeira em meio à seca extrema
Para impedir o isolamento hidroviário, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) adota um método que limpa a rota de circulação: a dragagem. O rio Madeira segue alcançando níveis mínimos nunca vistos. O acúmulo de sedimentos no fundo do rio, atrelado ao baixo nível das águas, afeta a circulação de embarcações que transportam insumos essenciais para Rondônia.
A técnica de dragagem é utilizada para desobstruir, remover ou escavar os sedimentos presentes no fundo dos rios e garantir a navegabilidade das embarcações durante o período de seca. Como consequência da seca, a navegação noturna está proibida desde julho no Rio Madeira.
Atualmente, o transporte de combustível é realizado de forma fluvial pelo rio Madeira: a saída acontece das cidades de Itacoatiara (AM) ou Manaus (AM) com destino a Porto Velho (RO). O trajeto, que dura, em média, de 7 a 8 dias de balsa, passa a ser de 18 a 20 dias devido á proibição de navegação noturna durante o período de estiagem.
De acordo com (DNIT), responsável pelo serviço de dragagem na região, a dragagem tem contribuído para que o Madeira continue sendo uma rota estratégica para transporte de produtos. A equipe trabalha no trecho entre Porto Velho e Manicoré, no Amazonas.
Como funciona?
A técnica de dragagem utilizada no Rio Madeira é a de sucção. A draga é equipada com um bocal de aspiração e tubos de jatos que jogam água nos sedimentos para desprendê-los do fundo do rio, depois o material é aspirado pelo tubo de sucção.
No processo, todos os tipos de solo, desde areia, cascalho até materiais compactos ou solos de materiais duros, como argila, rocha, entre outros, são retirados e depositados em barrancos em até 1 km de distância.
Todo o processo é acompanhado pelo DNIT e pela Marinha do Brasil, além de uma equipe técnica composta por cinco biólogos e especialistas em batimetria, que realizam a medição da profundidade do rio.
*Com informações do G1 Rondônia