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Queda de 40% do bitcoin afeta ações de empresas relacionadas à criptomoeda


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O bitcoin levou uma “surra” nos últimos dois meses, gerando forte queda no mercado cripto de forma geral e também em ações de empresas relacionadas ao setor e à tecnologia blockchain, que sofreram um impacto ainda maior. As ações da corretora de criptomoedas Coinbase foram uma exceção, caindo menos que o bitcoin.

<span class=”hidden”>-</span>Datawrapper/Coindesk/Reprodução

Os dados da CoinDesk mostram que o preço do bitcoin, a maior criptomoeda do mundo por valor de mercado, caiu mais de 39% depois de atingir recordes próximos a US$ 69 mil em 10 de novembro. Um possível motivo é a aversão ao risco desencadeada pelas medidas agressivas do Federal Reserve quanto à economia americana. As ações da Coinbase caíram 36%.

Já as ações das mineradoras americanas Marathon Digital Holdings (MARA), Riot Blockchain (RIOT) e Bit Digital (BTBT) caíram mais de 50% cada desde 10 de novembro, segundo dados do TradingView.

As ações da Argo Blockchain (ARBK), a única mineradora de criptomoedas listada na Bolsa de Valores de Londres (LSE), caíram 45%, enquanto as mineradoras canadenses Hive Blockchain (HIVE) e Hut 8 Mining Corp (HUT) caíram 52% e 59% , respectivamente. A Voyager Digital (VYGVF) corretora de criptomoedas listada em Toronto caiu 50% ao lado de uma queda de 45% nas ações da MicroStrategy (MSTR), uma empresa de software de inteligência empresarial que possui 122.478 bitcoins, o equivalente a quase US$ 6 bilhões, em seu balanço.

A queda no valor das ações do mundo cripto talvez seja reflexo de instituições perdendo interesse no setor em meio a perspectivas crescentes de aumentos mais rápidos das taxas do Fed. Também mostra que investir em bitcoin continua sendo uma maneira mais segura de ganhar exposição à criptomoeda. Ainda assim, embora o bitcoin possa ser visto como o “ouro digital” por algumas pessoas na comunidade cripto, também é uma tecnologia emergente. Isso torna as ações de bitcoin e criptoativos sensíveis ao aperto da política monetária.

“Algumas instituições usam ações de cripto como um substituto para a própria criptomoeda”, disse Mike Alfred, investidor e CEO da BrightScope & Digital Assets Data. “É mais fácil para os fundos de hedge comprar ações da Coinbase do que manter o bitcoin diretamente, por vários motivos”.

Uma possível explicação para a força das ações da Coinbase pode ser porque a receita da corretora esteja ligada à volatilidade do preço do bitcoin e não à sua trajetória de preço. A alta turbulência de preço observada nas últimas semanas geralmente significa um número maior de transações e o aumento de receita.

“Volatilidade = mais transações

Um marketplace de NFTs está por vir.

Acompanhe o negócio, não as ações.

$COIN”

– @BackpackerFI no Twitter

A comunidade de investidores está começando a olhar para a COIN como uma ação de value em vez de uma ação de growth. As ações de value são empresas consideradas negociadas abaixo do que valem. As ações de growth são as que têm potencial para superar o mercado geral em um determinado período e são mais vulneráveis ​​a aumentos nas taxas de juro.

“A COIN é a única ação cripto nos meus dez principais investimentos. Eu gosto porque elas têm a melhor marca entre os players altamente regulamentados”, disse Alfred. “Também é negociada a um múltiplo razoável em comparação com as corretoras tradicionais. Na verdade, nesses níveis, eu vejo isso como uma ação de value”.

O Bank of America atualizou recentemente sua classificação para as ações da Coinbase, que saíram de uma posição neutra para a compra, mantendo o preço alvo inalterado em US$ 340 e citando sinais crescentes de diversificação de receita além do comércio de criptomoedas no varejo como o catalisador para a mudança na classificação.

Texto traduzido por Mariana Maria Silva e republicado com autorização da Coindesk

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Fonte: Exame

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