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Pesquisa mostra que negros são abordados 4,5 vezes mais pela polícia


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Ser uma pessoa negra em São Paulo e no Rio de Janeiro significa ter risco 4,5 vezes maior de sofrer uma abordagem policial, em comparação com uma pessoa branca. É o que apontam os dados da pesquisa Por que eu? um levantamento inédito feito pelo Instituto de Defesa do Direito de Defesa e o Data Labe,  laboratório de dados e narrativas na Favela da Maré, um dos maiores complexos de comunidades cariocas.  

Segundo o estudo, 8 em cada 10 pessoas negras já foram abordadas pela polícia, de acordo com os dados dos dois estados, enquanto entre as brancas, apenas 2 em 10 se lembram de ter passado pelo procedimento. 19 % dos entrevistados negros disseram ter sido abordados mais de 10 vezes, enquanto para os brancos o percentual ficou em 8,5%.

Também foram identificadas diferenças de tratamento nas abordagens. O que, de acordo com  a pesquisa, aponta para uma inconsistência em seguir um padrão ou a existência de um “duplo protocolo” no trabalho dos agentes de segurança.  

46 % dos negros tiveram sua raça/cor expressamente mencionada por agentes de segurança pública durante a abordagem, enquanto 7% dos brancos relataram essa situação. 88% dos negros ainda informaram ter vivido alguma situação de violência em suas experiências de abordagem contra 66% dos brancos.  

Vivian Peres coordenadora de projetos do Instituto de Defesa do Direito de Defesa afirma que o sistema de justiça criminal é todo pautado pela seletividade e que a abordagem policial segue essa mesma lógica.

A coordenadora Vivian Peres ainda avalia que faltam protocolos públicos para as abordagens e aponta falhas na lei.

A pesquisa ouviu 1.018 pessoas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro entre maio e junho de 2021.

A Secretaria de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro informou que nos protocolos que norteiam as ações de abordagem da Corporação não há qualquer distinção de contexto social – raça, credo religioso, orientação sexual, entre outros. A Polícia Mlitar do Estado de São Paulo informou que será realizado um profundo estudo do relatório e que  vai se pronunciar  em breve por meio de nota.

Direitos Humanos Rio de Janeiro 23/07/2022 – 10:34 Vitória Elizabeth / Beatriz Arcoverde Fabiana Sampaio – Repórter da Rádio Nacional pesquisa “Por que eu?” Abordagem Policial sábado, 23 Julho, 2022 – 10:34 3:02

Fonte: Ag. Brasil

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