Palácio da Geologia faz 115 anos esta semana com previsão de reformas

O Museu de Ciências da Terra ou Palácio da Geologia, que completou 115 anos nesta semana, vai ganhar reformas no Rio de Janeiro.

Estão previstas ações para revitalização e reorganização que devem ser concluídas em 2027, já que um bloco inteiro se encontra em ruínas desde um incêndio em 1973. Mesmo com tanto a fazer, o local ainda promove eventos e mostras culturais, como explica a responsável pelo paço, a museóloga Célia Cursino. 

Administrado desde 2012 pelo Serviço Geológico do Brasil, o museu fica no bairro da Urca, vizinho ao Pão de Açúcar, na zona sul carioca. A primeira-bailarina do Theatro Municipal do Rio, Ana Botafogo, nasceu e foi criada na Urca. Ela fala da importância da recuperação do museu.

O local foi erguido especialmente para a Exposição Nacional Comemorativa do 1º Centenário da Abertura dos Portos do Brasil, em agosto de 1908. Também era intenção das elites republicanas que o evento servisse como uma espécie de exibição da modernidade da então capital brasileira para o resto do mundo – questão perceptível, inclusive, na própria arquitetura do prédio: a construção era de influência quase que totalmente neoclássica, um estilo essencialmente europeu que se opunha ao barroco e valorizava, em especial, o racionalismo, o equilíbrio, a ordem, a moderação e a economia.

O museu é referência histórica no desenvolvimento da ciência do país, conta com um dos maiores acervos da América Latina de minerais, meteoritos, rochas e fósseis, além de uma biblioteca com cerca de 100 mil volumes de publicações relacionadas às geociências, ovos de dinossauros originais,  instrumentos e documentos únicos relacionados à memória geológica, inclusive sobre as primeiras mulheres geocientistas no país.

Cultura Rio de Janeiro 13/01/2022 – 20:08 Raquel Mariano / Guilherme Strozi Tatiana Alves – Repórter da Rádio Nacional Museu de Ciências da Terra palácio da geologia quinta-feira, 13 Janeiro, 2022 – 20:08 3:19