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Os 10 BDRs mais baratos da bolsa são um bom investimento?


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A negociação de BDRs, os recibos de ações de empresas listadas no exterior, caiu no gosto do investidor pessoa física. O volume mensal de negócios em números absolutos cresceu 770% em apenas três meses, de 60 mil em setembro para 522 mil em dezembro passado, a partir da liberação para que pequenos investidores tivesse acesso a esse ativo.

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São mais de 600 companhias ao redor do mundo que podem ser negociadas por meio de BDRs na bolsa brasileira, a B3, o que torna a tarefa de escolher os ativos potencialmente mais promissores algo particularmente desafiador.

Uma das maneiras de avaliar e escolher é olhando para os múltiplos financeiros, a exemplo do que se faz para ações na bolsa brasileira.

Um dos mais utilizados é o que mede a relação entre preço da ação (ou do BDR) e o lucro apresentado ou projetado por ação, conhecido como P/L, que ajuda a sinalizar se um papel está caro, dentro da média do mercado e de sua média histórica ou barato.

Um levantamento do analista Bernardo Carneiro, CFP, da EXAME Research, aponta quais os dez BDRs que apresentam os múltiplos P/L mais baixos na bolsa, considerando os lucros projetados para 2021:

  1. Posco (P1KX34): 4,0
  2. Sibanye (S1BS34): 4,5
  3. KB Financial (K1BF34): 4,5
  4. Teva Pharmaceutical (T1EV34): 4,7
  5. Unum Group (U1NM34): 5,0
  6. Nomura (NMRH34): 5,3
  7. Lincoln National (L1NC34): 5,5
  8. H&R Block (H1RB34): 5,6
  9. Ternium (TXSA34): 6,1
  10. Anglogold (A1UA34): 6,4

“Se o investidor tem uma ação ou BDR de P/L 2021 de 4,0, significa que se ela estagnar e parar de crescer e resolver distribuir todo o lucro para os acionistas, em quatro anos ele recupera o que investiu. Ou seja, em cada ano ele tem um retorno de 25%”, explica Carneiro.

Mas a decisão de escolha de um ativo passa pela análise do P/L, mas não se resume a ele, explica o analista da EXAME Research.

“Empresas com P/L baixo, abaixo de 10, por exemplo, estão estagnadas, com dificuldades, sofrendo muita competição e que quase não crescem. Muitas estão encolhendo de tamanho, desaparecendo, falindo. São chamadas de ‘value traps’, ou ‘armadilhas de valor’”, afirma Carneiro.

Ele explica que o mesmo raciocínio também é válido na situação oposta, ou seja, de companhias cujo valor na bolsa esteja em 100 ou 200 vezes o seu lucro corrente ou projetado, com 100 ou 200 de P/L.

“São empresas que podem não estar caras. Normalmente, as que são negociadas nesses múltiplos elevados são companhias muito revolucionárias, inovadoras, que crescem exponencialmente. O P/L de 200 pode ser somente 4,0 no P/L 2023E (lucro estimado de 2023). Quem sabe? Continuarão esse sucesso todo?”

Carneiro conclui a análise fazendo o alerta para os investidores: “Resumindo: muito cuidado com tabelas de múltiplos e outros indicadores. As aparências enganam muito e é por isso que nós analistas existimos”.

Fonte: Exame

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