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Morre Aloysio Faria, mineiro criador do Banco Alfa e 55º homem mais rico do país


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O banqueiro Aloysio de Andrade Faria, fundador do Banco Real e dono do Banco Alfa, morreu nesta terça-feira (15), aos 99 anos, de causas naturais.

Aloyisio herdou de seu pai o Banco das Lavoura de Minas Gerais. Posteriormente, transformou a instituição no banco Real, que foi vendido para o ABN Amro em 1998. Na sequência, o banco foi comprado pelo Santander.

Faria também atuava como acionista controlador do Conglomerado Alfa e tinha deixado, há mais de 20 anos, a gestão de suas empresas a cargo de executivos no Grupo. Era também acionista controlador do Delta Bank, com operações nos Estados Unidos e em Cayman.

Faria também era controlador do Delta Bank, com operações nos Estados Unidos e em Cayman.

Em nota, o presidente do conselho de administração do Conglomerado Alfa, Christophe Cadier, afirmou que Faria foi uma referência para a economia e para o setor financeiro do país.

“Pessoa de uma cultura impressionante, Dr. Aloysio deixa um exemplo de discrição, simplicidade e empreendedorismo. Seu modelo de gestão sempre foi baseado na valorização da ética, confiança, seriedade e competência”, disse.

Faria era formado em medicina gastroenterologista e também foi diretor do Museu de Arte Moderna de Belo Horizonte e do Masp (Museu de Arte de São Paulo).

O presidente do Santander, Sérgio Rial, também afirmou seu pesar pela morte de Faria.

“Aloysio de Andrade Faria foi um exemplo de banqueiro e empresário comprometido com o desenvolvimento nacional. Entre seus inúmeros legados, foi o fundador do Banco Real, cuja posterior incorporação pelo Santander foi decisiva para moldar os contornos de nossa presença e atuação no país. Suas realizações continuarão a inspirar as novas e futuras gerações de líderes do nosso Brasil”, disse Rial em nota.

“O setor aprendeu com ele. Era um banqueiro empreendedor, com uma visão empresarial de país”, disse o presidente da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), Isaac Sidney.

Também em nota, o presidente das empresas não financeiras do Conglomerado Alfa e do Grupo Agropalma, Beny Fiterman, afirmou que Faria foi um exemplo de perseverança. “Dr. Aloysio tinha muito foco e habilidade em valorizar o time que trabalhava com ele, seja em capacitação ou inspiração, conseguindo extrair o melhor de cada um, sempre com simplicidade e carisma”, afirmou.

O Conglomerado Alfa conta com empresas como a C&C Casa e Construção, a Rede Transamérica de Hotéis, a Águas Prata, Sorvetes La Basque, entre outros.

O executivo ocupava o 55º lugar na lista dos mais ricos do Brasil no ranking de 2020 da revista Forbes, com fortuna estimada em R$ 8,32 bilhões.

Benfeitor da UFMG

O apoio de Aloysio Faria foi fundamental para a expansão e o aprimoramento de serviços hoje ofertados pelo Hospital das Clínicas para a sociedade, em especial, o de gastroenterologia e nutrição. “A UFMG é muito grata ao suporte que sempre recebeu de Aloysio de Andrade Faria. Humanitário com sua alma mater, ele é uma personalidade marcante na história da Universidade, da Faculdade de Medicina e, em especial, do Hospital das Clínicas”, disse a reitora Sandra Regina Goulart Almeida “Foram muitas as melhorias realizadas, que se tornaram possíveis com as doações desse homem de espírito benemérito”, acrescentou. Em nome da UFMG, a reitora manifestou seu “carinho, admiração e solidariedade” à família do banqueiro.

Para o diretor da Faculdade de Medicina, Humberto José Alves,  Aloysio Faria foi um benfeitor da UFMG, em especial do Hospital das Clínicas. “Ele colaborou para que alunos da Faculdade pudessem fazer seus estudos em campos de prática de alta qualidade”, destacou.

Em 2001, Aloysio Faria doou R$ 7,8 milhões para a criação do Instituto Alfa de Gastroenterologia, no Hospital das Clínicas. Com o dinheiro, também foi possível equipar todo o espaço.    

Nove anos depois, em 2010, foi inaugurado o anexo Instituto Jenny de Andrade Faria de Atenção à Saúde do Idoso e da Mulher, projeto também viabilizado pelo banqueiro. 

Mais recentemente, em 2014, o HC inaugurou, por meio de nova doação de Aloysio Faria, uma sala cirúrgica automatizada e equipada com tecnologias que possibilitam a visualização de imagens em alta definição (full HD). Há dois anos, o banqueiro assegurou a reforma e reinauguração do Ginásio Interdisciplinar do Idoso, que passou por reforma e ganhou novos aparelhos.

Fonte: O tempo

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