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Minas tem 94 casos identificados da variante delta, afirma Ministério da Saúde


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Minas Gerais tem 94 casos identificados de variante delta e duas mortes confirmadas, informou o Ministério da Saúde nesta terça-feira (24). De acordo com a pasta, a cepa foi encontrada em 1.405 amostras analisadas no país, sendo que mais de um terço delas se refere ao Rio de Janeiro. Neste Estado, foram detectados 505 casos.

Por enquanto, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) afirma que existem 91 casos identificados no Estado, sendo que 12 deles foram confirmados. Não entraram para a lista estadual, até o momento, dois casos da variante detectados em Uberlândia por pesquisadores da universidade federal local. Dentre os casos notificados, 11 são de amostras de Belo Horizonte, conforme o levantamento apresentado pelo painel do Coronavírus.

A pasta mudou nesta segunda-feira a forma como comunica os casos de infecção pela variante Delta do coronavírus em Minas. Antes, a pasta afirmava haver “12 casos confirmados e 79 prováveis” e, agora, todos eles são tratados como “casos identificados”.

Até o momento, 50 mortes foram confirmadas para a variante detectada inicialmente na Índia, de acordo com o Ministério da Saúde, sendo a maior parte ocorrida na região Sul – foram 11 óbitos no Rio Grande do Sul, um em Santa Catarina e 19 no Paraná.

Pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Pernambuco, Gabriel Wallau explica que foram desenvolvidos diferentes métodos de identificação de variantes, sendo uns mais rápidos e outros mais complexos. Aqueles que verificam a presença de um pequeno trecho do RNA da cepa necessitam de uma confirmação de sequenciamento genético e, por isso, a confirmação da variante pode ser mais demorada.

“No caso de Pernambuco, em 100% das vezes em que identificamos um fragmento da variante, quando fomos fazer o sequenciamento genômico verificamos que realmente era um caso de delta. Existem protocolos para diferentes exames, mas nosso padrão ouro mesmo é o sequenciamento”, explica o pesquisador, acrescentando que essa análise detalhada leva de 7 a 10 dias para ter um resultado concreto.

Segundo Wallau, o monitoramento genômico do vírus da Covid é fundamental para verificar se apareceu uma nova cepa (como aconteceu em janeiro, quando a Fiocruz divulgou que uma nova variante era responsável pelo aumento exponencial de casos em Manaus) ou se alguma mutação importada de outro país está se espalhando pelo Brasil.

“A atenção está voltada para a delta por causa do que vemos em outros países. Quando se olha para lugares que já eram tomados por linhagens mais transmissíveis, como Estados Unidos e Reino Unido, vimos que estão sendo tomados pela delta. Estamos receosos que o mesmo aconteça no Brasil”, diz o pesquisador.

O país tem a combinação perfeita para uma rápida transmissão da variante, de acordo com Wallau. “Temos uma baixa taxa de imunização completa e a desistência das medidas não farmacológicas. Em muitos cantos do país vemos que as pessoas não estão mais usando máscaras”, argumenta.

O pesquisador afirma que não é possível saber ainda como será o comportamento da delta em um país tomado pela variante gama (identificada inicialmente em Manaus), mas análises indicam que a cepa que acaba de chegar ao país não escapa à vacinação de quem tomou duas doses ou foi imunizado com dose única.

Confira o balanço do Ministério da Saúde desta terça-feira:

O Ministério da Saúde informa que, até 24 de agosto, 1.405 casos da variante Delta foram identificados e notificados no Brasil, sendo três em Alagoas, cinco em Amapá, seis no Amazonas, 62 no Ceará, 125 no Distrito Federal, sete no Espírito Santo, 26 em Goiás, sete no Maranhão (sendo seis identificados no navio que esteve no estado e um caso de viajante), 94 em Minas Gerais, dois no Pará, 58 no Paraná, sete em Pernambuco, 505 no Rio de Janeiro, 161 no Rio Grande do Sul, 43 em Santa Catarina, 266 em São Paulo e um em Tocantins.

Até o momento, entre esses casos, 50 óbitos foram confirmados para a variante de atenção/preocupação Delta, sendo nos estados de Goiás (1), Maranhão (1), Minas Gerais (2), Paraná (19), Pernambuco (1), Rio de Janeiro (10), Rio Grande do Sul (11), Santa Catarina (1) e no Distrito Federal (4).

Cabe ressaltar que os dados são atualizados a partir das notificações das secretarias estaduais de saúde e são dinâmicos. Os números podem sofrer alterações após investigação feita pelas gestões locais, com apoio do Ministério da Saúde. A transmissão nos estados segue em investigação”.

Fonte: O tempo

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