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Mais enxuta, Casas Bahia reduz em 12% o prejuízo líquido no 1º trimestre


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Depois de trimestres de fortes perdas, a Casas Bahia começa a mostrar sinais de melhora na última linha em reflexo do plano de transformação iniciado em agosto de 2023.

O prejuízo líquido do primeiro trimestre de 2024 ficou 12% menor, a R$ 261 milhões, e as margens mostraram melhora — indicando um caminho que deve ser impulsionado a partir do segundo trimestre com a renegociação da dívida financeira na recuperação extrajudicial, anunciada no fim de abril. Anteriores à negociação com os credores, os primeiros números do ano já demonstraram melhora de 41% no resultado financeiro.

No período, a receita da companhia ainda ficou 14%, para R$ 6,34 bilhões, refletindo a redução de categorias e de estoques, além do fechamento de 57 lojas. Do plano inicial de fechar até 100 lojas, de 20 a 40 unidades foram identificadas como potencialmente recuperáveis e estão sob monitoramento, conta Sérgio Leme, diretor de supply chain e relações com investidores.

As categorias core do negócio ainda não têm reportado vendas mais robustas, pondera também Leme. Os indicadores macroeconômicos melhoraram, mas as categorias de linha branca, celulares e móveis ainda precisam retomar o ritmo do lado da demanda.

É o marketplace que tem ajudado a mitigar a queda de receita. Houve 9,6% de crescimento das vendas totais brutas, ou GMV na sigla em inglês, com avanço de 13% na receita do chamado 3P. “O marketplace compensa parcialmente a queda de receita e nos torna muito eficazes nos estoques que carregamos. É um estoque que gira rápido”, afirma Leme, destacando que a empresa já mira a consolidação da rentabilidade dessa operação.

Faz parte do trabalho de ganho de eficiências estabelecido pelo plano de recuperação da companhia. Nos primeiros três meses deste ano as margens mostram a melhora gradual. Embora 1,4 ponto percentual menor do que mesmo período de 2023, a margem bruta chegou a 30%, superando os 27,6% do quarto trimestre e os 23% do terceiro.

Nas vendas diretas da Casas Bahia, um trabalho importante tem sido a melhoria da relação B2B. A empresa opera com venda por meio de empresas de milhagem/fidelidade parceiras, mas havia um “gap” na rentabilidade do negócio. Com a renegociação de comissionamento e precificação mais ajustada, esse canal passou a contribuir mais com a margem. 

A queda de 7,5% das despesas, que reflete também a redução do quadro de funcionários, ajudou a companhia a reportar uma margem Ebitda bastante superior à dos últimos dois trimestres: 6,1%, ante 2,2% do fim de 2023 e -1% do terceiro trimestre.

O grande destaque do período, no entanto, é a melhora consistente do fluxo de caixa livre, que chegou ao seu melhor patamar em cinco anos. Tipicamente um período de queima de caixa, o primeiro trimestre teve queima de R$ 176 milhões, mas o patamar é bastante inferior ao dos últimos anos. Em 2021, pior ano do indicador, a queima chegou a R$ 2,75 bilhões.

Fonte: Exame

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