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Magnata americano condenado à prisão perpétua por matar melhor amiga


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O magnata americano do mercado imobiliário Robert Durst foi condenado à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional em um tribunal de Los Angeles nesta quinta-feira (14) pelo assassinato de sua melhor amiga.

Durst, um bilionário americano que foi tema do explosivo documentário da HBO “The Jinx”, sempre negou ter atirado em Susan Berman na nuca em 2000 na casa da escritora em Beverly Hills para impedi-la de ir à polícia e testemunhar sobre o desaparecimento da esposa do magnata.

Mas um júri o considerou culpado em setembro, após mais de um ano de um julgamento interrompido pela pandemia.

“Este crime foi contra uma testemunha de assassinato”, afirmou o juiz Mark Windham antes de proferir a sentença em um auditório lotado. “Esta circunstância especial agrava tremendamente este crime horrível”, acrescentou.

Windham rejeitou o pedido da defesa para um novo julgamento. “Há evidências suficientes, na verdade, avassaladoras de culpa”, garantiu.

O juiz também ouviu parentes de Berman.

“Todos os nossos planos foram destruídos. Você também me matou, quem eu era”, acusou Sareb Kaufman, filho de Berman, em lágrimas.

Durst, embora afastado, faz parte de uma das famílias mais ricas das poderosas dinastias imobiliárias de Nova York.

Durante a audiência, ele permaneceu praticamente imóvel em sua cadeira de rodas.

Os promotores dizem que Durst assassinou Berman em dezembro de 2000 para evitar que ela fosse interrogada pelo polícia de Nova York sobre o desaparecimento da esposa do magnata, Kathleen, duas décadas antes.

Berman, filha de um mafioso de Las Vegas, foi a porta-voz de Durst desde que ele se tornou suspeito do desaparecimento de Kathleen.

Durst nunca foi acusado no caso da esposa, mas foi preso em 2015 em um hotel de Nova Orleans pelo assassinato de Berman, horas depois que o último episódio do documentário da HBO “The Jinx: A Vida e as Mortes de Robert Durst” foi ao ar.

Na conclusão do documentário, Durst murmura: “Pronto, te pegaram”, e “Claro que matei todos eles”, aparentemente sem se dar conta de que o microfone na lapela continuava ligado enquanto ele estava no banheiro, durante uma pausa na gravação da entrevista.

Nesta quinta-feira, os parentes de Berman pediram no tribunal para que Durst informasse o paradeiro do corpo de Kathleen.

A série da HBO também aborda o assassinato do vizinho de Durst no Texas em 2001, que foi encontrado desmembrado. Durst admitiu ter esquartejado o vizinho, mas afirmou que o assassinato foi em legítima defesa. As acusações foram retiradas.

A equipe do documentário confrontou Durst com uma carta manuscrita que ele havia enviado a Berman, muito semelhante à nota enigmática e anônima que a polícia recebeu sobre a localização do corpo da escritora.

Quando o julgamento começou no ano passado, a defesa de Durst afirmou que seu cliente havia enviado a nota à polícia depois de encontrar o corpo de Berman e entrar em pânico, mas que isso não significava que ele havia matado a amiga.

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Fonte: Exame

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