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Ibovespa perde fôlego na reta final e fecha pregão no vermelho; dólar vai a R$ 5,17


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Ibovespa hoje: após cair mais de 1% pela manhã e recuperar o prejuízo ao longo do dia, o principal indicador da bolsa terminou a quarta-feira, 22, com queda de 0,16%. O desempenho foi praticamente igual ao das bolsas dos Estados Unidos, que chegaram a encerrar uma recuperação, mas chegaram ao fim do pregão com leve queda.

  • Ibovespa: – 0,16%, aos 99.522 pontos
  • Dow Jones (EUA): – 0,15%
  • S&P 500 (EUA): – 0,13%
  • Nasdaq (EUA): – 0,15%

No meio da tarde, o Ibovespa chegou a recuperar os 100 mil pontos, impulsionado pelo discurso positivo do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, no congresso americano. Powell afirmou que as condições econômicas dos EUA são, em geral, favoráveis, destacando que o mercado de trabalho está fortalecido e pode enfrentar o ciclo de aperto monetário. 

Por outro lado, o próprio presidente do Fed ponderou que a batalha contra a inflação pode causar uma recessão, que influencie não só os EUA, mas também a economia global. O temor ganhou força na última quarta-feira, quando o Fed elevou a taxa básica em 0,75 ponto percentual (p.p.), realizando a maior elevação do juro americano desde 1994

O clima de aversão a risco voltou a dominar o mercado e a influenciar o dólar. Após subir até R$ 5,182 na máxima do dia, a moeda perdeu um pouco de força e fechou o dia perto dos R$ 5,17.

  • Dólar comercial: + 0,45%, a R$ 5,177

Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3 : PETR4) não ajudaram

As ações de commodities, que são as de maior peso Ibovespa, contribuíram para o saldo negativo desta quarta-feira. A Vale (VALE3) chegou a recuar mais de 4% na mínima do dia, mas terminou a sessão com queda de 0,8%. Papéis ligados ao minério de ferro, como siderúrgicas, também operaram em queda. 

O movimento reage à desvalorização do minério, que caiu 5,2% para US$ 108,95 a tonelada em Singapura. O motivo da queda é a preocupação que uma recessão global puxada pelos EUA possa minar a demanda pela commodity.

No setor de petróleo, o preço do barril recuou cerca de 4% no exterior, também refletindo  preocupações de que uma desaceleração econômica global prejudique a demanda. Na mínima do dia, a commodity despencou mais de 6%. Como consequência, as petroleiras recuram em bloco e ficaram entre as maiores quedas do dia.

Os papéis da Petrobras (PETR3/PETR4), também registraram queda, mas em menor dimensão do que as petroleiras privadas. Desde a última semana, os papeis da empresa registram desconto, em razão do intenso debate com o governo, que busca interferir na política de preços da empresa para reduzir o preço dos combustíveis em ano eleitoral. 

Em novo capítulo do embate, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta manhã, que a nova diretoria da Petrobras, quando empossada, pode mudar a política de preços de paridade internacional (PPI).

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Destaques da bolsa

Os papéis do IRB (IRBR3) lideraram as quedas do dia, recuando mais de 10% após a empresa divulgar um prejuízo de R$ 92,7 milhões no mês de abril. O valor representa um aumento de 89,6% em relação ao prejuízo de R$ 48,9 milhões registrado no mesmo mês do ano passado.

Do lado oposto, os papeis da Méliuz (CASH3) lideraram o pregão, com alta de quase 8%. A empresa financeira anunciou a aquisição e incorporação de ativos da fintech de criptomoedas Alter, abrindo uma nova linha de negócios.

  • Méliuz (CASH3): + 7,69%

As ações da Minerva (BEEF3) também apareceram entre os maiores ganhos do Ibovespa nesta quarta. O papel foi apontado como escolha principal do setor pelos analistas do Santander, que recomendaram compra da ação, com preço-alvo de R$ 19 para 2023. O potencial de alta é de 49% considerando o preço do último fechamento, quando a ação era negociada a R$ 12,73.

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Fonte: Exame

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