Conectado por



Nacional

Ibovespa fecha em leve queda com investidores de olho em Fed e Copom


Compartilhe:

Publicado por

em

O Ibovespa voltou a cair nesta terça-feira, 15, com investidores avaliando os últimos dados de inflação americana, enquanto esperam pela decisão de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil, previstas para amanhã. O principal índice da B3 fechou o dia em queda de 0,09%, aos 130.091 pontos.

Como escolher as melhores ações listadas na bolsa e aumentar suas chances de lucro? Aprenda com evento gratuito

Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam em terreno negativo, com investidores aguardando as novas diretrizes do Federal Reserve (Fed, banco central americano). A expectativa é que a autoridade monetária mantenha a atual política de estímulos, que inclui uma taxa de juro próxima de zero. 

Existem, no entanto, temores de que o Fed reveja sua estratégia diante do avanço da inflação no país. Uma mudança antes do esperado seria prejudicial para opções mais arriscadas de investimento, como a renda variável. Repercutindo as preocupações, os principais índices americanos fecharam o dia em terreno negativo. O Dow Jones caiu 0,27%, o S&P 500 recuou 0,1% e o Nasdaq fechou em queda de 0,71%.

Divulgado nesta manhã, o índice de preço ao produtor americano (PPI, na sigla em inglês) voltou a sair acima do esperado, mostrando que a inflação nos Estados Unidos continua a avançar. O índice acelerou de 6,2% para 6,6% no acumulado de 12 meses, enquanto a expectativa era de um resultado de 6,3%. 

“Notícias boas para a atividade econômica podem ser ruins para a bolsa uma vez que apontam para uma alta de juros. A inflação mais alta ao produtor nos Estados Unidos sugere que a economia está mais forte, mas as vendas do varejo tiveram queda, indicando atividade fraca e juros para baixo. Temos um empate”, comenta em nota André Perfeito, economista-chefe da Necton.

O mau humor no exterior ajudou a segurar a bolsa brasileira, que também operou no aguardo da decisão de política monetária do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central. A expectativa do mercado é de uma alta de 0,75 ponto percentual — o que levaria a Selic a 4,25% ao ano. Alguns analistas já apontam um aumento de 1% já na reunião desta quarta-feira, o que levaria a taxa para 4,5% ao ano.

A possibilidade de alta nos juros brasileiros é positiva para o câmbio, e o dólar encerrou a sessão em desvalorização contra o real. A moeda americana caiu 0,55%, a 5,043 reais. 

Destaques da bola

Juros mais altos são positivos para a seguradora SulAmérica (SULA11), que liderou as altas do Ibovespa nesta terça-feira, subindo 4,84%. Também entre as maiores altas do dia, as units do BTG Pactual (BPAC11) fecharam em alta de 3,01% após o Itaú BBA ter reforçado a recomendação de compra para os papéis, aumentando o preço-alvo de 120 reais para 150 reais.

Outro destaque foram as ações da PetroRio (PRIO3), que subiram 3,61%, impulsionada pela valorização do petróleo no mercado internacional. O petróleo Brent subiu 1,77%, enquanto o WTI avançou 1,93%. Com maior participação no índice, as ações da Petrobras (PETR3/PETR4) também se beneficiaram do movimento, subindo 0,72% e 0,97%, respectivamente.

Por outro lado, as ações da Vale (VALE3) recuaram 1,95% mesmo com a valorização do minério de ferro, que subiu 0,5% no Porto de Qingdao, para 221,87 dólares a tonelada. Isso porque a mineradora teve uma nova oferta salarial rejeitada por grevistas da mina de níquel da Vale em Sudbury, Canadá. 

No extremo negativo, as ações do Banco Inter (BIDI11) recuaram 2,73%. Os papéis da Azul (AZUL4) e da Hering (HGTX3) também caíram e tiveram baixa de 2,66% e 2,54%, respectivamente, com investidores aproveitando o ambiente misto da bolsa para realizar lucros de ações que dispararam no último pregão impulsionadas pelo adiantamento da vacinação no estado de São Paulo.

Maiores altas

Maiores quedas

SulAmérica SULA11

4,84%

Banco Inter BIDI11

-2,73%

PetroRio PRIO3

3,61%

Azul AZUL4

-2,66%

EcoRodovias ECOR3

3,31%

Hering HGTX3

-2,54%

Esteja sempre informado sobre as notícias que movem o mercado. Assine a EXAME

Fonte: Exame

Publicidade

Mais notícias

Compartilhe: