Conectado por



Nacional

Governo ignorou 53 e-mails da Pfizer sobre vacina, afirma Randolfe


Compartilhe:

Publicado por

em

O vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que 53 e-mails da Pfizer sobre a negociação de vacinas contra a Covid-19 ficaram sem resposta do governo brasileiro no ano passado, comprovando a omissão na aquisição do produto. A informação foi dada em entrevista à rádio CBN e depois reiterada no Twitter. A última mensagem não respondida, de 2 de dezembro, escreveu Randolfe, “é um e-mail desesperador da Pfizer pedindo algum tipo de informação porque eles queriam fornecer vacinas ao Brasil”. Para ele, trata-se de “um dos maiores absurdos que já vimos”

— Até o dia 9 de novembro 47 e-mails. Depois do dia 9 de novembro, houve um contato do governo brasileiro com a farmacêutica. E depois dessa data, outros seis e-mails ficaram sem receber mensagem. Alguém que não responde mais de 50 e-mails de comunicação, de apelo, rogando diálogo, obviamente é porque não quer estabelecer esse diálogo. A omissão ano passado na aquisição de vacinas, não há dúvidas — disse Randolfe à CBN.

No Twitter, Randolfe também escreveu que a omissão ocorria ao mesmo tempo em que “o Itamaraty pressionava a Índia para liberar cargas de hidroxicloroquina a uma empresa brasileira”. De acordo com ele, que não citou o nome da empresa, “a atuação do Ministério das Relações Exteriores se assemelha, claramente, à advocacia administrativa, em outras palavras: LOBBY! É isso mesmo, o Governo Brasileiro fazendo Lobby para uma empresa. Isso é CRIME de acordo com o Artigo 321 do Código Penal!”

Randolfe também compartilhou uma mensagem do general Santos Cruz, que foi ministro da Secretaria de Governo no começo de 2019 e depois rompeu com o presidente Jair Bolsonaro, com críticas à decisão do Exército de não punir o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello por ter participado de um ato político no dia 23 de maio.

Pazuello é uma general da ativa e estava ao lado de Bolsonaro num palanque. Segundo o regulamento do Exército, é vedado “manifestar-se, publicamente, o militar da ativa, sem que esteja autorizado, a respeito de assuntos de natureza político-partidária”. Já o Estatuto das Forças Armadas diz que “são proibidas quaisquer manifestações coletivas, tanto sobre atos de superiores quanto as de caráter reivindicatório ou político”.

“Confiamos e temos orgulho das nossas instituições militares. Esses sentimentos se justificam pela existência de generais como Santos Cruz, impecável em seu posicionamento em favor da democracia”, escreveu Randolfe.

Quer saber tudo sobre o desenvolvimento e eficácia de vacinas contra a covid-19? Assine a EXAME e fique por dentro.

Fonte: Exame

Publicidade

Mais notícias

Compartilhe: