Conectado por



Nacional

Geraldo Alckmin assina carta em defesa da democracia elaborada pela USP


Compartilhe:

Publicado por

em

Identificando-se como médico, que é a profissão de formação do ex-governador de São Paulo e vice-presidente na chapa com Lula (PT), Geraldo Alckmin (PSB) assinou, nesta segunda-feira (1º) a “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado democrático de direito”, uma iniciativa de ex-alunos da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). 

Com menos de uma semana desde que foi aberta ao público, na última terça-feira (26), o manifesto já conta com 648.785 assinaturas, até a publicação desta matéria. Entre as assinaturas, estão as de ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), sindicalistas, artistas, influenciadores, banqueiros e empresários.

A carta vai ser lida pelo ex-ministro do STF Celso de Mello em evento no dia 11 de agosto, no Pátio das Arcadas do Largo de São Francisco, em São Paulo. Estão sendo organizadas manifestações da esquerda para o mesmo dia.

Entre os presidenciáveis, já aderiram ao manifesto: Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e Felipe D’Ávila (Novo). Lula, por sua vez, elogiou na semana passada a iniciativa da sociedade civil, mas sinalizou que não vai assinar por ser candidato à Presidência. 

“Estou totalmente de acordo [com a carta], feliz porque os intelectuais e os empresários resolveram se mexer, porque também nos anos 1970 foi assim, e eu acho que a gente vai consolidar a democracia. A gente não pode colocar em suspeição uma coisa que não merece suspeição”, afirmou Lula, em entrevista ao site UOL.

Embora não cite nominalmente o presidente Jair Bolsonaro (PL), a carta tem sido considerada uma reação às ameças antidemocráticas feitas pelo mandatário, que repetidas vezes levanta suspeitas infundadas sobre o processo eleitoral e as urnas eletrônicas, e por isso a carta tem provocado incômodo.

Depois de ter feito publicações irônicas nas redes sociais, o presidente falou em tom crítico contra os que assinaram o manifesto, durante interação com apoiadores, nesta segunda-feira, no cercadinho do Palácio da Alvorada.

“Esse manifesto aí foi assinado por banqueiros, artistas, e tem mais uma classe aí… Alguns empresários, mamíferos”, afirmou. Bolsonaro estava acostumado a contar com o apoio dos banqueiros e dos empresários até então. Na live da última quinta-feira (28), ele também reagiu à adesão do
presidente
da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva.

Além disso, não é a primeira vez que essa carta vem à luz em momento de turbulência autoritária no país. A primeira versão dela foi lida em 1977, também na USP, e era uma manifestação contrária à ditadura militar, que ainda durou até 1985. 

O TEMPO agora está em Brasília. Acesse a capa especial da capital federal para acompanhar as notícias dos Três Poderes. 

 

 

Fonte: O tempo

Publicidade

Mais notícias

Compartilhe: