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Fux diz que CNJ vai acompanhar investigação sobre assassinatos de Bruno e Dom


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O ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), divulgou nota, nesta quinta-feira (16), reiterando que o grupo de trabalho criado na terça-feira (14) no CNJ para acompanhar as buscas pelo jornalista britânico Dom Phillips e indigenista Bruno Araújo Pereira agora vai acompanhar as investigações. 

“Em nome dos Observatórios e do Grupo de Trabalho, o Ministro Luiz Fux manifesta extrema tristeza pelos acontecimentos e afirma às famílias e aos amigos que a luta do indigenista e do jornalista para garantia dos direitos humanos e da preservação da Amazônia jamais será esquecida”, destacou no comunicado.

Bruno e Dom desapareceram na região do Vale do Javari, no Amazonas, no dia 5 de junho. A Polícia Federal informou, na noite da quarta-feira (15), que Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”, confessou ter assassinado o indigenista e o jornalista. Ele teria levado os investigadores até o local do crime. Amarildo e o irmão estão presos.

“Os Observatórios de Direitos Humanos e do Meio Ambiente do Conselho Nacional de Justiça manifestam profundo pesar diante das informações da confissão dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Philips”, diz a nota. 

“O Grupo de Trabalho criado no âmbito do CNJ vai acompanhar os desdobramentos e a efetiva punição dos eventuais culpados, para garantia da célere prestação da justiça. Este acompanhamento será feito pelos representares da sociedade civil que compõem os Observatórios”, continua o comunicado do CNJ. 

O avião da Embraer trazendo os restos dos corpos de dois homens, encontrados no local apontado por Pelado, chegou a Brasília na noite desta quinta-feira. Eles passarão por perícia da Polícia Federal.

TSE destacou trabalho de Bruno e Dom em comunicado

Também nesta quinta-feira, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) emitiu nota oficial lamentando “com profundo pesar e consternação” as mortes do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips.

No documento, o presidente da Corte, ministro Edson Fachin, reforçou que “é imperativo constitucional que a sociedade e o Estado respeitem os povos tradicionais”.

Na mesma nota, o TSE ressaltou que Bruno “foi importante parceiro da Justiça Eleitoral. Nas Eleições Gerais de 2014, por exemplo, ajudou na instalação de cinco seções eleitorais no Vale do Javari, quando a Justiça Eleitoal realizou, pela primeira vez, eleições na Terra Indígena, que fica localizada no extremo oeste do estado do Amazonas, na fronteira com o Peru”.
 
“Esse auxílio foi fundamental para que indígenas da região pudessem exercer a cidadania por completo ao eleger seus representantes. Na época, viviam cerca de 5,5 mil indígenas das etnias Marubo, Matís, Mayuruna, Kanamary e Kulina”, continua o comunicado.

Sobre Dom Phillips, a Corte reconheceu que era “veterano na cobertura internacional, era conhecido pelo amor pela região amazônica, sendo ativo nos relatos da crise ambiental brasileira e dos problemas das comunidades indígenas”.

“O presidente do TSE destaca que uma imprensa livre, segura e plural é condição essencial para uma sociedade democrática. Com a morte trágica de Bruno e Dom, perdem os familiares e também perde a democracia, a imprensa, perdem todos. Um país só se faz dignamente com respeito, paz e justiça”, finaliza a nota.

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Fonte: O tempo

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