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Cultura inclusiva leva Comgás ao índice de igualdade de gênero da Bloomberg


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Nove empresas brasileiras estão no mais recente índice de igualdade de gênero da Bloomberg, o GEI (Gender Equality Index), apresentado na semana passada. São elas: BB Seguridade, Bradesco, Braskem, Comgás, Cosan, Eletrobras, Itaú, Odontoprev e SulAmérica. O índice abrange 380 companhias de capital aberto, de 44 países, e é uma importante métrica de ESG para investidores. Conversei com Elisangela Martins, diretora de Pessoas e Cultura da Comgás, sobre essa conquista.

Qual foi o caminho percorrido até a inclusão no GEI-Bloomberg?

O caminho está sendo percorrido. É uma construção diária, que envolve implementar políticas, criar ações e fazer campanhas internas, e também vai além disso. Tem relação com a maneira pela qual olhamos para as pessoas no dia a dia e mudamos nossos paradigmas e nossas atitudes. A cultura organizacional é chave nesse processo e ajuda a formar profissionais mais conscientes que precisam repensar muitas coisas enraizadas na sociedade ao longo dos anos. Coisas que muitas vezes estão relacionadas à própria experiência de vida e a crenças que a pessoa foi construindo ao longo de sua história.

Quais são os próximos passos?

Estamos finalizando a revisão de nossas políticas, com foco em ter um ambiente aberto e acolhedor para a diversidade. Estruturamos recentemente o canal de comunicação Comgás para Todos, no Workplace, que dá abertura para todo colaborador defender suas causas e compartilhar conhecimento de como podemos ser cada vez mais diversos. Isso tem gerado muito aprendizado para todos nós. Temos programas para este ano de aceleração e mentoria para lideranças femininas e de apoio para o equilíbrio e a qualidade de vida, entendendo que atualmente não existe mais essa divisão tão marcada entre trabalho e vida pessoal. Como executiva da Comgás e mãe da Ana, de 2 anos, sei o quanto isso é importante. A maternidade muitas vezes é um divisor de águas na carreira das mulheres. O índice de evasão das empresas brasileiras é muito alto. Isso precisa mudar. Na Comgás, estamos trabalhando fortemente neste sentido. Recebo muitas jovens profissionais querendo conversar sobre esse equilíbrio, e suas perguntas invariavelmente têm a ver com a possibilidade de conciliação entre carreira bem-sucedida e vida.

Existe um desafio extra no setor de óleo e gás?

Sim, nosso setor é tradicionalmente masculino, mas essa realidade vem se transformando ao longo dos anos. Hoje temos muito mais mulheres na operação, inclusive no cargo de gasista, o que seria impensável algumas décadas atrás, e um terço da nossa diretoria é de mulheres, o que inexistia nesse setor. O caminho ainda é longo. Mas posso me orgulhar em dizer que estamos na direção certa.

*Sócio-diretor da Loures Comunicação

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Fonte: Exame

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