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Coronavírus: Minas testa duas vezes menos do que a média do Brasil


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Minas Gerais testa duas vezes menos para coronavírus do que a média Brasileira em relação ao tamanho da população. No país, foram realizados 2.124.223 testes do tipo RT-PCR, feito a partir de biologia molecular e consideração como “padrão-ouro” para detecção da Covid-19. No Estado, por outro lado, foram 116.116. Em ambos casos, são considerados tanto os exames feitos no sistema público, quanto no privado. 

Com 209,5 milhões de habitantes, segundo dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil testou cerca de 1% da população total. Em Minas, onde há 20,87 milhões de pessoas de acordo com o instituto, esse percentual não passa de 0,5%. Com isso, a testagem no Estado é duas vezes menor do que a média nacional. 

Outro ponto de divergência dos dados locais da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e o Ministério da Saúde é o percentual de testes realizados no sistema privado e no sistema público. Enquanto, no Brasil, a maior parte ocorre pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com 55,5% dos exames, em Minas ocorre o oposto. No Estado, 62% foram feitos pelo sistema privado.

Em relatório divulgado no mês passado, a pasta afirmou que, em média, são feitos 239 testes para detecção de coronavírus por dia em Minas. Contudo, isso representa apenas 6,4% da capacidade instalada de testagem no Estado, que ultrapassa 3,6 mil diários. 

Em nota, a secretaria afirma que a identificação “precoce dos casos suspeitos” é “um dos maiores desafios da pandemia”. “Neste aspecto, as ferramentas de diagnóstico são essenciais e, para estruturar sua resposta frente à pandemia, a SES está centrando todos seus esforços no aumento da capacidade de testagem, com compra de insumos e testes sorológicos, além da ampliação da Rede de Laboratórios Parceiros COVID-19, em conjunto com a FUNED/MG”, alega.

A pasta diz que a testagem segue a recomendação do Ministério da Saúde, e não é feita em todos os casos suspeitos de infecção pelo coronavírus. (Veja os casos que são testados em Minas abaixo). A SES ressalta que há “um cenário no qual a escassez de testes é uma realidade mundial”. 

“A SES está constantemente em contato com as regionais de saúde, bem como com os gestores municipais para acompanhar de perto a situação de cada município e tomar as medidas mais apropriadas para cada local”, conclui a nota encaminhada à reportagem. 

Lista de casos em que ocorre testagem em Minas:

  • A) Amostras provenientes de unidades sentinelas de Síndrome Gripal (SG) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG);
  • B) TODOS os casos de SRAG hospitalizados;
  • C) TODOS os óbitos suspeitos;
  • D) Profissionais de saúde sintomáticos (neste caso, se disponível, priorizar Teste Rápido e profissionais da assistência direta);
  • E) Profissionais de segurança pública sintomáticos (neste caso, se disponível, priorizar Teste Rápido);
  • F) Por amostragem representativa (mínimo de 10% dos casos ou 3 coletas), nos surtos de SG em locais fechados (ex: asilos, hospitais, etc);
  • G) Público privado de liberdade e adolescentes em cumprimento de medida restritiva ou privativa de liberdade, ambos sintomáticos.
  • H) População indígena aldeada.

Segundo a SES, “o público para este tipo de testagem é composto por qualquer paciente com sintomas, seja leve, moderado ou leve, que estejam nos seguintes grupos”:

  • · Profissionais de saúde e segurança pública em atividade, seja da assistência ou da gestão;
  • · Pessoa que resida no mesmo domicílio de um profissional de saúde e segurança pública em atividade;
  • · Pessoa com idade igual ou superior a 60 anos;
  • · Portadores de condições de risco para complicações da COVID-19;
  • · População economicamente ativa.

Fonte: O tempo

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