Comércio de rua do Rio reabre com filas, lojas cheias e desrespeito ao horário de funcionamento

Após três meses e meio com as portas fechadas, o comércio de rua na cidade do Rio de Janeiro reabriu neste sábado. A prefeitura autorizou o funcionamento das lojas, incluindo salões de beleza e barbearias, das 11h às 17h, para não chocar com o horário dos shoppings, que abriram meio-dia e vão até 20h, e evitar, assim, aglomeração no sistema de transportes.

Mas, bem antes das 11 horas, muitas lojas já estavam abertas e com clientes, enquanto em outras, funcionários faziam a limpeza do ambiente. Movimento intenso principalmente nos estabelecimentos que vendem roupas e utensílios domésticos, com filas nas calçadas. É que os comerciantes devem seguir regras de distanciamento e higiene. A capacidade de clientes foi reduzida para 1/3, e todas as lojas devem oferecer álcool em gel e sabão nas pias para lavagem das mãos, além de manter os locais abertos e ventilados.

Na Saara, um dos maiores shoppings centers a céu aberto da América Latina, e que fica no centro do Rio, com cerca de 800 lojas, o movimento também começou antes das 11h. Muitos estabelecimentos abriram às 9h para atender clientes que já circulavam pelos quarteirões. Mas nem todas as lojas da Saara abriram. No período que ficaram fechadas, algumas não resistiram e fecharam de vez.

A Secretaria Municipal da Ordem Pública está fiscalizando as regras para o funcionamento do comércio de rua. Neste momento, segundo a Seop, a fiscalização é pedagógica, mas se o comerciante insistir em descumprir as regras, poderá ser multado e ter até o alvará de funcionamento cassado.

A reabertura do comércio de rua estava prevista para o dia 2 de julho, junto com as academias de ginástica, bares e restaurantes, mas o prefeito Marcelo Crivella disse que a antecipação foi possível diante da redução dos índices de ocupação de enfermarias e UTIs, além do menor número de enterros na cidade, comparado ao ano passado.