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Bolsonaro vai ao Amazonas no sábado e nega reforço nas buscas por desaparecidos


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Em conversa com a imprensa, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que tem uma viagem para o Amazonas marcada para o próximo sábado (18), mas não detalhou a agenda. Na sequência, ele responsabilizou novamente o indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips por terem desaparecido na região Amazônica.

“Isso acontece em qualquer lugar do mundo. Acho até que os dois sabiam do risco que corriam naquela região. Os dois sabiam”, disse o presidente, no Palácio do Planalto, no fim da tarde desta segunda-feira (13).

Os dois homens sumiram no domingo (5), há oito dias, entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e o município de Atalaia do Norte, para onde se dirigiam. Dom Phillips, que é correspondente do jornal britânico The Guardian, faria entrevistas com indígenas para um livro e Bruno Pereira o guiava até lá. Pereira já havia recebido ameaças por ter denunciado garimpo e pesca ilegais na região.

Na mesma declaração aos jornalistas, Bolsonaro indicou que não vai reforçar as buscas pelos dois, conforme tem sido cobrado pela comunidade internacional.

“Não tem porque mandar mais gente para lá. Chegou a bater 250 pessoas, duas aeronaves, muita embarcação. Lá tem de tudo que se possa imaginar naquela região. Eu lamento eles terem saído da forma como saíram, duas pessoas apenas, em terras desprotegidas. Tem notícia de pirata na região. Tudo tem ali”, afirmou o chefe do Executivo federal.

Mais cedo, nesta segunda-feira, durante entrevista para a CBN Recife (PE), Bolsonaro disse que “os indícios levam a crer que fizeram alguma maldade com eles, porque já foram encontrados boiando no rio vísceras humanas que já estão em Brasília para fazer DNA”. Essa informação, no entanto, não foi confirmada pela Polícia Federal nem outras autoridades de segurança pública envolvidas nas buscas.

“Pelo prazo, pelo tempo já temos hoje 8 dias, indo para o nono dia, que isso aconteceu. Vai ser muito difícil encontrá-los com vida. Peço a Deus que isso aconteça”, disse o presidente.

Na última terça-feira (7), Bolsonaro também culpabilizou Bruno e Dom por terem desaparecido, ao dizer, em entrevista para o SBT, que os dois faziam uma “aventura não recomendável” e que provavelmente foram executados.

Quando estava participando da Cúpula das Américas, nos Estados Unidos, na sexta-feira (10) passada, Bolsonaro foi pressionado pela Organização das Nações Unidas (ONU), que criticou a ação “extremamente lenta” do governo federal e cobrou que as autoridades “redobrem os esforços” nas operações de busca.

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Fonte: O tempo

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