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Bolsonaro se reúne para decidir futuro ministro da Justiça; veja cotados


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O presidente Jair Bolsonaro se reúne na manhã deste sábado com a cúpula de ministros mais próximos em encontro no Palácio da Alvorada para definir quem será o substituto de Sergio Moro no Ministério da Justiça.

Entre os nomes cotados está o do desembargador aposentado de São Paulo Ivan Sartori, o do desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores, ex-presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o do advogado-geral da União, André Mendonça, e também o do ministro da Secretaria Geral da Presidência e subchefe para Assuntos Jurídicos, Jorge Oliveira.

Enquanto o nome da Justiça segue indefinido, Bolsonaro já avisou a aliados estar decidido a indicar Alexandre Ramagem para comandar a diretoria-geral da Polícia Federal.

Um dos principais conselheiros do presidente, Jorge Oliveira, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, participa da reunião desta manhã no Alvorada. Jorge era o mais cotado para assumir a Justiça pela experiência em direito e também em segurança pública. Ele é major da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal.

Porém, desde as acusações de Moro sobre eventuais interferências do presidente nas investigações da Polícia Federal, Jorge tem argumentado que a melhor alternativa do governo é fazer uma indicação “técnica” para a Justiça.

Segundo interlocutores, Jorge pondera que a nomeação dele pode dar a interpretação de que Bolsonaro vai “influenciar na PF”, pelo fato de ele ser muito próximo ao presidente e de seus filhos.

Considerado de perfil bolsonarista, Ivan Sartori se aposentou em 2019. Ele presidiu o Tribunal de Justiça de São Paulo e foi relator do processo dos policiais militares envolvidos no massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 detentos em 1992.

Sartori votou pela absolvição dos policiais envolvidos sob a alegação de que os policiais agiram em legítima defesa. Bolsonaro compactua do pensamento de Sartori em relação aos policiais.

Em agosto do ano passado, em conversa com jornalistas, o presidente afirmou que daria indulto para os policiais que participaram do massacre. No final do ano, incluiu no decreto do indulto de Natal o perdão da pena de policiais presos por crimes cometidos durante o serviço.

Outro nome que também tem sido defendido pelos ministros aliados de Bolsonaro é o do desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores, ex-presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

Segundo a colunista ela Megale, Thompson aparece como “uma boa solução”, já que também atuou na Lava-Jato. Foi ele quem manteve o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva preso numa batalha de despachos entre desembargadores do TRF-4 a favor e contra a soltura de Lula. Na ocasião, ele atendeu um pedido do próprio Moro, então juiz da Lava-Jato em Curitiba.

Aliados de Bolsonaro afirmam, porém, que Bolsonaro ainda defende indicar um nome de confiança. Com isso, André Mendonça continua no páreo.

Discreto e fiel ao presidente, Mendonça tem bagagem jurídica, mas não domina a área de segurança pública. Por isso, não está descartada a hipótese de se dividir a pasta novamente, a exemplo do que ocorreu no governo de Michel Temer em que os Ministérios da Justiça e da Segurança Pública trabalhavam separados, porém funcionavam no mesmo prédio.

Amigo próximo de Bolsonaro, Alberto Fraga sempre sonhou em comandar a Segurança Pública ou a articulação política do governo, mas antes havia um impedimento.

Ele tinha uma condenação no Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Em fevereiro, porém, Fraga foi absolvido da condenação e está livre para assumir um cargo no governo. A pedido do próprio presidente, Fraga submergiu nos últimos dias e tem evitado declarações a jornalistas.

Para o comando da Polícia Federal, o nome já definido é de Alexandre Ramagem, diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Segundo aliados do presidente, Ramagem será indicado independentemente de quem assumir o ministério porque o presidente faria questão do nome dele. Ramagem tem a confiança do presidente e bom trânsito com seus filhos.

Segundo fontes, ele é próximo inclusive de aliados do chamado gabinete do ódio. Ele foi chefe da equipe de segurança de Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018, que recebeu elogios do presidente no pronunciamento desta sexta-feira.

Fonte: Exame

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