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Bolsonaro defende reajuste de policiais e ignora anúncios de greve


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O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), aproveitou a live desta quinta-feira (23) para defender o aumento dos salários dos policiais.

“Em tempos de poucos recursos, é preciso atender quem pior está ganhando. Mas PRF [Polícia Rodoviária Federal] tem batido recorde de apreensão de drogas. Em Minas Gerais foram 100 toneladas desde 2019. Também a Polícia Penal nossa tem um trabalho enorme e tem salário que tá lá embaixo”, justifica o presidente. 

Nos gastos públicos aprovados para 2022 na última terça-feira (21) pelo Congresso Nacional, estão previstos R$ 1,7 bilhão de recursos para bancar reajustes somente para as carreiras da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, do Departamento Penitenciário Nacional e do Ministério da Justiça.

De férias no litoral paulista, Bolsonaro se mobilizou para negociar com o relator do projeto do Orçamento, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), o reajuste para atender as categorias que concentram a maior fatia da base de apoio ao governo.

Os parlamentares incluíram no orçamento R$ 800 milhões para o reajuste dos agentes comunitários de saúde, única categoria além dos policiais que também vai contar com aumento de salário em 2022. 

“Não quer dizer que vamos atender essa ou aquela categoria. Foi reservado R$ 2 bilhões, vamos ver o que vai ser feito lá na frente. Agora, quero dar aumento pra todo mundo, mas tem um teto pela frente”, disse Bolsonaro. 

“Tenho conversado com a equipe econômica. Dá pra fazer? Dá pra fazer. Sabemos da dificuldade, da inflação, que tá alta em 10%. A gente vê o que pode fazer dentro da responsabilidade. Todos merecem. Tem esses R$ 2 bi aqui, se a gente for fazer, vai ficar 0,6% de reajuste pra todo mundo. Todos os servidores são importantes”, declarou ainda o presidente.

Paralisação dos auditores fiscais

Tendo em vista a falta de recursos previstos no Orçamento para pagar o bônus de eficiência, auditores fiscais da Receita Federal aprovaram, em assembleia nesta quinta-feira, uma série de medidas que devem travar a atuação de órgãos de arrecadação do governo em 2022. A paralisação começa na próxima segunda-feira (27).

Até o momento, foram abandonados 600 cargos. Os auditores aprovaram a entrega ostensiva de todos os cargos em comissão e funções de chefia em todos os níveis hierárquicos na Receita. “Assumimos o compromisso de não ocupar tais posições, até que o governo faça a publicação do decreto de regulamentação do bônus de eficiência”, diz o indicativo dos auditores. 

O ano de 2022 promete começar com mais greves e paralisações em reação ao privilégio concedido aos policiais pelo governo federal. Organizações de outras carreiras também manifestaram insatisfação.

Algumas cogitam paralisação em todo o país em 2022. Entre essas entidades estão as que representam os chefes das unidades do Banco Central (Sinal), os médicos peritos federais (ANMP), os servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis), os auditores fiscais agropecuários (ANFFA Sindical) e todos os trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).

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Fonte: O tempo

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