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Biorrefinaria Uisa usa blockchain para rastrear seus bioprodutos
Por Bússola*
A rastreabilidade segura, eficaz e transparente da produção é cada vez mais importante para a indústria. Nesse cenário, tecnologia blockchain desponta como ferramenta eficaz para rastrear o movimento em tempo real de bens e serviços.
Em maio deste ano, a biorrefinaria Uisa, localizada no Mato Grosso, incorporou, de forma pioneira, essa tecnologia aos seus processos de produção e controle de seus bioprodutos, começando inicialmente pelo Açúcar Demerara Itamarati, uma das marcas do portfólio de alimentos da companhia.
Blockchain é uma tecnologia que ficou conhecida inicialmente por sua aplicação no mercado financeiro. Mais recentemente, passou a ser usada também na indústria e na agricultura, por ser um sistema que permite rastrear o envio e recebimento de informações de forma transparente e segura.
Os dados são armazenados em uma única base de dados, gerando informações em tempo real. São pedaços de código gerados on-line que carregam informações conectadas – como blocos de dados que formam uma corrente.
Suas características de rastreabilidade e inviolabilidade dos dados tem viabilizado, cada vez mais, a implementação de iniciativas ESG nas empresas.
A tecnologia tem como principal função, portanto, proporcionar transparência, eficiência e segurança à cadeia produtiva da empresa e de seus parceiros.
Aplicação
No caso do Açúcar Demerara Itamarati, o consumidor poderá, por meio de um QRCode presente na embalagem, acessar informações completas sobre plantio e colheita da cana e demais etapas da produção do açúcar. Além disso, a nova tecnologia também contribuirá para os processos de certificações ESG da Uisa e para os processos de descarbonização.
Ou seja, será possível ter o controle da qualidade do produto e verificar as certificações que atestam o processo de cultivo. Essas informações poderão ser acessadas em qualquer lugar do mundo, pois estão disponibilizadas na internet.
“A principal vantagem é a transparência. O consumidor pode ver como é conduzido todo esse processo de produção, onde foi plantado, os insumos utilizados etc. É uma questão de ESG e respeito a todos os clientes, além de uma porta de entrada para, no futuro, os créditos de carbono”, afirmou Rodrigo Gonçalo diretor de tecnologia e inovação da Uisa.
A partir de outubro, a tecnologia também será usada para rastrear o açúcar cristal e refinado, achocolatado e álcool gel produzidos pela empresa. A ideia é implantar a tecnologia em todas as linhas de produção da companhia.
*Este artigo é uma publicação conjunta entre Bússola e Indústria Verde
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Fonte: Exame