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Bancos destinam 10% dos investimentos em tecnologia para segurança
Enquanto fraudes crescem, bancos destinam 10% dos investimentos em tecnologia para segurança.
O número de fraudes envolvendo o sistema bancário vem crescendo. Aumentou mais de 2,5 vezes, ou 165%, no primeiro semestre desse ano comparado com o segundo semestre do ano passado. O levantamento é da Febraban, a Federação Brasileira dos Bancos.
A maioria dos golpes envolve a chamada engenharia social. O nome é novo, mas a base é a do velho conto do vigário.
O estelionatário lança mão de artimanhas para convencer a vítima a entregar senhas, cartões, dinheiro… A diferença é que hoje os velhos golpes são mediados pela tecnologia.
A Febraban diz que os bancos estão investindo em segurança. Segundo a Federação, dos R$ 25,7 bilhões por ano em infraestrutura tecnológica, R$ 2,5 bilhões, cerca de 10%, vão para novas tecnologias de segurança. O diretor da Comissão Executiva de Prevenção a Fraudes da Febraban, Adriano Volpini, garante que é dinheiro suficiente.
Para Rafael Zantta, diretor da associação de pesquisa Data Privacy Brasil, é preciso saber se os investimentos em soluções de segurança tem crescido na mesma proporção dos golpes.
Ele cita como exemplo o investimento em cybersegurança feito por grandes corporações, como a Microsoft. A empresa quadruplicou os investimentos na área. Saltando de U$ 1 bilhão por ano, algo como R$ 5,06 bilhões para 4 bilhões de dólares ou mais de 22 bilhões de reais.
Mas já que os celulares se transformaram em verdadeiras agências bancárias, mas as pessoas ainda não podem contar com o botãos de pânico para pedir socorro, o melhor é se prevenir.
Apesar dos golpes serem variados, algumas regras são básicas: Nunca forneça sua senha bancária e certifique-se de que ninguém te veja digitando a senha. Escolha senhas com combinações que só você conheça e não use senhas repetidas. Não retorne ligações usando o mesmo aparelho para o qual alguém se apresentando como sendo do seu banco te ligou e pediu para você ligar de volta. Se alguém te pediu dinheiro, certifique-se se é mesmo a pessoa que você conhece que está precisando. Não clique em links que chegam para você como se fosse do seu banco sem antes conferir se são mesmo do banco. E na hora de pagar a conta com cartão, confira o valor da compra no visor da maquininha ou telefone celular.
Em todos os golpes da chamada engenharia social, o banco não ressarce o dinheiro, como explicou o coordenador da Subcomissão de Prevenção a Fraudes da Febraban, Bruno Fonseca.
Nós perguntamos à Febraban se com o aumento das fraudes também tem havido um crescimento nos investimentos de segurança e estamos aguardando resposta.
Economia São Paulo 29/10/2021 – 20:50 Roberto Piza / Beatriz Arcoverde Eliane Gonçalves – Repórter da Rádio Nacional Febraban sexta-feira, 29 Outubro, 2021 – 20:50 4:05
Fonte: Ag. Brasil