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Amazônia registra novo aumento de queimadas em julho


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A Amazônia teve mais um mês com aumento de queimadas em relação ao ano passado. Em julho, o bioma apresentou crescimento de 28% no número de focos de calor em relação ao mesmo período de 2019.

O crescimento ocorre mesmo com a presença do Exército na região através da GLO (Garantia da Lei e da Ordem) e com o decreto de proibição de incêndios no bioma.

Foram registrados 6.803 focos de calor na Amazônia em julho, segundo dados do Programa Queimadas, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Somente o dia 30 de julho na Amazônia teve 1.007 focos de calor. Trata-se do número mais alto registrado no mês de julho desde 2005, segundo a ONG Greepeace.

O número global do mês é elevado para a história recente do período. O último ano com tantos queimadas foi 2017 e, antes disso, somente 2006.
Junho também foi marcado pelo crescimento dos incêndios no bioma, com 20% mais focos em relação a 2019. Foi o mês de junho com mais queimadas desde 2007. Os crescimentos coincidem com o início da estação seca na Amazônia.

O ano de 2019 ficou marcado pelas grandes queimadas no bioma, que chegaram a escurecer os céus de São Paulo. Desde então, os pesquisadores já alertam que o cenário de queimadas e desmatamento (que tem ligação com o fogo na floresta) em 2020 é preocupante.

Queimadas e desmatamento na Amazônia andam lado a lado. De forma geral, o fogo é usado para limpar as áreas anteriormente derrubadas.
Uma nota técnica do Ipam aponta que, levando em conta a vegetação derrubada entre janeiro de 2019 e abril de 2020, há cerca 4.509 km² de mata derrubada que ainda pode ser queimada –o que equivale a cerca de 45% do que foi desmatado no período (boa parte ainda em 2019).

Os próximos meses tendem a ser críticos na região, considerando que, historicamente, concentram o período de queimadas, chegando a dezenas de milhares de focos de calor, de acordo com o Inpe.

A Amazônia não é o único bioma brasileiro que sofre com as queimadas em 2020. O pantanal, outro bioma no qual a utilização de fogo na agropecuária está proibida, teve o primeiro semestre com o maior número de incêndios já registrado.

Os incêndios no pantanal levaram o Estado Mato Grosso do Sul a decretar situação de emergência e a pedir reforço para combater às chamas. Em Mato Grosso, a fumaça chegou até Cuiabá.

Fonte: O tempo

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