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Aluno picado por cobra naja acorda do coma; polícia investiga tráfico de animais


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De acordo com relato de familiares e amigos, o jovem que foi picado por uma cobra naja em Brasília, Distrito Federal, acordou com coma induzido que sofreu após a intoxicação com o veneno. Ele está estável e não corre risco de vida. O acidente, contudo, pode ter revelado um esquema de tráfico de animais silvestres na cidade, afirma a Polícia Civil do Distrito Federal. 

O delegado Ricardo Bisco declarou, em entrevista ao G1, que na casa do jovem foram encontrados “objetos que indicam criação de outras serpentes” no local. “A investigação revela um possível esquema de tráfico de animais. Vamos investigar a origem dessas cobras, como chegaram no Brasil”, disse o agente. 

No curso da investigação, três estudantes de medicina veterinária que são amigos do rapaz internado foram ouvidos. De acordo com a polícia, ambos são de classe média alta e estudam animais exóticos. 

Outras 16 cobras exóticas foram encontradas 

O Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) do Distrito Federal encontrou na tarde desta quinta-feira (9) mais 16 cobras exóticas que estavam escondidas no núcleo rural Taquara, no Distrito Federal.

A apreensão foi feita após uma denúncia anônima. A suspeita é de que todas elas pertençam ao estudante de veterinária Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, 22, que na noite de terça-feira (7), foi mordido por uma cobra da espécie naja, que também pertenceria a ele.

Os animais apreendidos estão sendo levados para a delegacia do Gama (cidade satélite de Brasília) e, de lá, serão encaminhadas para o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para que seja realizada a identificação das espécies.

“Com muito trabalho de nossas equipes, logramos êxito em encontrar essa localidade e verificamos escondido dentro de uma baia de cavalos a presença de 16 animais, cada um numa caixa”, disse o Major Elias Costa. “Várias espécies não são nativas da nossa fauna brasileira e isso nos preocupa porque estamso vendo que de alguma forma está havendo algum tipo de contrabando desses animais.”

Veja o vídeo da PM:

 

A naja, por exemplo, não é um animal nativo e seu veneno é extremamente forte, podendo matar um ser humano em cerca de 1 hora. No Brasil, não há produção de soro antiofídico para essa espécie. A única dose disponível era do Instituto Butantan, de São Paulo, que enviou a mesma para que fosse usada no tratamento de Pedro.

Leia mais: Jovem é picado por naja de estimação ilegal e fica em coma induzido

Nas redes sociais dele, era possível ver diversas imagens com diversas espécies de cobras. Mas elas foram apagadas depois que o caso ganhou repercussão na imprensa de todo o Brasil.

Depois de morder Pedro, a naja ficou desaparecida por quase 24 horas. Ela foi localizada no começo da noite dessa quarta-feira, por volta de 19h, no Setor de Clubes de Brasília, próxima a um shopping center, após o testemunho de diversas pessoas. Ela estava dentro de uma caixa e escondida atrás de um morro de areia.

A suspeita é de que um amigo de Pedro, que já foi identificado pela polícia (mas teve sua identidade preservada), a teria deixado lá. Ainda de acordo com o BPMA, tudo indica que ele foi até o local onde as demais cobras foram encontradas hoje, retirou a naja e deixou as demais lá escondidas. Ele vai ser intimado para prestar esclarecimentos.

A naja tem cerca de um metro e meio de comprimento e foi encontrada em boas condições. Ela foi encaminhada ao Ibama e depois ao Zoológico de Brasília, onde deve permanecer até decisão da Justiça.

(Com Folhapress)

Fonte: O tempo

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