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Rondônia, sábado, 28 de setembro de 2024.




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Vendedor de sopas ganha rede de apoio após sofrer ameaças em Salvador: veja


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O vendedor de sopas, Izael Santos Menezes, 33, ganhou uma rede de apoio de moradores de um condomínio no bairro Acupe, em Salvador, um dia após sofrer ameças de uma pessoa nesse mesmo local. Um vídeo mostrando o trabalhandor sendo aplaudido pelos condôminos circula nas redes sociais e a filmagem contrapõe a cena da quarta-feira (16), onde Izael voltava para a casa chorando após ouvir insultos de uma pessoa que havia se sentido incomodada com a presença dele.

 

“A rejeição já vinha acontecendo há muito tempo por parte de só um morador do condomínio. Ele me mandava calar a boca e muitas vezes eu levei na brincadeira, mas, dessa última vez eu fiquei com medo, coloquei minhas sopas na caixa e voltei para casa. Ele me ameaçou. Não vendi quase nada aquele dia e pensei em desistir”, conta o Izael.

Depois da rejeição, o vendedor diz que chegou em casa e viu a mulher também chorando, porque já teria ficado sabendo das ameaças. “Tivemos que vender um dos celulares e dividimos o mesmo aparelho depois que ficamos desempregados e o telefone ficou em casa com minha mulher. Foram os próprios morados que viram o que passei ligou no número aí ela acabou sabendo. Eles tinham o contato porque eu fiz uns panfleto à caneta mesmo dias antes para divulgar as sopas, e deixei na caixa de correspondência do condomínio”, explica.

Izael lembra que foram os próprios moradores que testamunharam as humilhações que ele passou, a incentivarem ele a voltar no outro dia. “Eles me colocaram em um grupo de WhatsApp para divulgar meu trabalho e falaram para eu preparar até mais sopas. Quando eu cheguei lá (na quinta-feira) tinha tanta gente me esperando que eu vendi todas as quentinhas”, conta.

O ambulante diz que agora pensa em aumentar a produção, mas, para isso ele precisaria também se preparar.”Eu ando quase 1 hora até chegar nesse condomínio e levo a caixa de isopor nas costas. Teria que ter um carrinho e outro lugar para conseguir colocar mais quantidade de sopas. Eu e minha esposa estamos vendo como conseguimos aumentar as vendas”, relata o trabalhador.

A mulher de Izael, Catiane de Brito, de 31 anos é quem prepara os pratos. Além de vender as sopas o período noturno, eles preparam marmitas para comercializar durante o dia. “Essa tem sido nossa renda. Eu e ela ficamos desempregados e temos três filhos. Tive que vender meu violão, meu celular e investir nisso. É o que temos para sobreviver”, explica o ambulante.

“Depois daquele dia (da ameça) as pessoas agora estão fazendo encomendas e as trinta sopas que fazíamos a cada noite estão acabando. Teremos que aumentar a produção. Fiquei muito emocionado com aquele ajuda. Não esperava ver tanta gente me ajudando”, finaliza.

Fonte: O tempo

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